O avanço das tecnologias traz consigo inovações que transformam a maneira como produzimos, consumimos e nos relacionamos com o mundo. Elas têm diferentes graus de complexidade na sua concepção. Talvez menos conhecidas, mas nem por isso menos importantes, as Deep Techs levam conceitos científicos de alta complexidade para dentro dos negócios.
Elas se diferem de startups tradicionais porque suas inovações estão fundamentadas em ciência e tecnologia de ponta, como inteligência artificial, blockchain, biotecnologia, robótica avançada e nanotecnologia. A partir disso, são criadas soluções que podem liderar mudanças significativas no mercado e criar novos paradigmas.
Um exemplo prático é o desenvolvimento de sensores que permitem prever falhas em maquinários industriais por meio de machine learning, ou ainda o uso de novos materiais que reduzem custos e tornam a produção mais sustentável.
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Estas startups têm ganhado relevância no cenário global, especialmente em um contexto em que a transição para a indústria 4.0 se tornou prioridade. Entre as inovações desenvolvidas, estão:
- Automação inteligente: sistemas que usam inteligência artificial para otimizar linhas de produção.
- Sustentabilidade industrial: tecnologias que promovem economia circular e gestão eficiente de recursos.
- Manutenção preditiva: sensores e análises que evitam paradas inesperadas nos processos produtivos.
- Integração digital: softwares e plataformas que conectam dados de toda a cadeia produtiva para tomadas de decisão mais rápidas e assertivas.
- Nanotecnologia: nanosensores, nanorobôs.
Existem hoje no Brasil, de acordo com a Emerge Brasil, mais de 800 Deep Techs, a maior parte focada nas áreas de saúde humana (32,9%), agro e saúde animal (27,4%), e químicos e materiais (9,6%).
Indtechs: união entre startup e indústria
Quando as Deep Techs trabalham junto à indústria para fornecer tecnologia e mudança a este setor, elas podem ser categorizadas como Indtechs. Elas combinam ciência avançada e digitalização com as necessidades concretas do setor produtivo, criando soluções que aumentam a eficiência, a sustentabilidade e a competitividade das empresas. Essa parceria pode ser feita de diversas formas, incluindo investimento da indústria nestas empresas, programas internos de incubação, parcerias e aquisições.
A internacionalização das indtechs brasileiras
No Brasil, o movimento de startups industriais é cada vez mais robusto, e as oportunidades para este tipo de empresa se multiplicam, impulsionadas por programas como o Brazilian Indtechs in Germany (BiG).
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O BiG é uma iniciativa que impulsiona a internacionalização de indtechs, promovendo a conexão com o ecossistema de inovação alemão. O programa é realizado por meio de capacitações; missões internacionais, com uma curadoria estratégica que combina visitas técnicas, encontros com potenciais parceiros, participação em eventos relevantes e imersão em hubs de tecnologia; e uma missão nacional.
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Desde 2023, o BiG já levou mais de 20 scale-ups para a Alemanha, promovendo oportunidades de negócios, trocas tecnológicas e posicionamento global. Além de apoiar o crescimento das indtechs, o projeto fortalece a imagem do Brasil como um polo emergente de inovação industrial, promovendo um movimento de transformação digital com identidade local e visão global.
O mercado alemão é reconhecido por sua tradição industrial e liderança em tecnologia, especialmente no conceito de indústria 4.0. Ao entrar nesse ambiente, as indtechs brasileiras ganham não apenas visibilidade, mas também a oportunidade de se posicionar como players globais, expandindo sua atuação e validando suas soluções em um dos cenários mais competitivos do mundo.
Saiba mais sobre o programa aqui!
*Imagem de capa: Depositphotos.com
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