O líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas Gartner prevê que, até 2028, a computação em nuvem deixará de ser uma tecnologia disruptiva para se tornar um componente necessário para a manutenção da competitividade empresarial.
Os gastos com serviços públicos de nuvem continuam aumentando sem restrições. Em 2024, as despesas totais dos usuários finais com serviços públicos de nuvem (cloud) em todo o mundo devem atingir US$ 679 bilhões e a projeção do Gartner é ultrapassar US$ 1 trilhão em 2027.
"As empresas estão investindo ativamente em tecnologia de nuvem devido ao seu potencial para promover inovação, criar perturbações no mercado e aumentar a retenção de clientes para obter vantagem competitiva", diz Milind Govekar, Vice-Presidente e Analista Distinto do Gartner. "Embora muitas empresas tenham começado a aproveitar as vantagens técnicas da nuvem, apenas algumas desbloquearam por completo o seu potencial para a transformação comercial. Como resultado, as companhias estão usando a nuvem para lançar uma nova onda de perturbação impulsionada pela inteligência artificial (IA) para conseguirem desbloquear valor comercial em escala".
A maioria das empresas atualmente considera a nuvem como uma plataforma tecnológica. Este ano, estão usando a computação em nuvem como uma tecnologia disruptiva ou como um habilitador de capacidades. O Gartner prevê que mais de 50% das empresas irão utilizar plataformas de nuvem específicas do setor até 2028 para acelerar suas iniciativas comerciais. Em 2028, a maioria das empresas aproveitará cloud como uma necessidade empresarial.
Empresas que utilizam ambientes cloud como uma tecnologia disruptiva estão explorando seu potencial transformador para revolucionar estilos e computação não baseadas em nuvem e centradas em data centers. "À medida que as companhias navegam pelas jornadas de transformação digital, a mudança para a nuvem torna-se uma decisão estratégica", afirma Govekar.
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Companhias que adotam a tecnologia de cloud como habilitadora de capacidades estão usando seu potencial para permitir novas competências, como elasticidade, integração contínua/desenvolvimento contínuo na nuvem (CI/CD), funções serverless, APIs e processos infundidos com Inteligência Artificial que eram difíceis de alcançar antes do advento da nuvem. Para explorar essas novas aptidões, as companhias devem avaliar cuidadosamente fatores como o investimento no desenvolvimento de habilidades, a quebra de silos operacionais e a promoção da colaboração entre equipes para adotar a automação de forma contínua.
Nos próximos anos, a computação em nuvem continuará a evoluir, passando de facilitador de inovação para se tornar algo disruptivo para os negócios e, finalmente, uma necessidade empresarial. Com a computação em nuvem como facilitador de inovação, as empresas podem distribuir amplamente conceitos de negócios de plataforma usando tecnologia subjacente para fornecer interconexões, escala, agregação e capacidades de análise, permitindo o uso tecnológico como um componente fundamental de um modelo de negócios.
"Ao aproveitar o ecossistema de fornecedores de nuvem, as companhias podem introduzir produtos e serviços inovadores, como soluções de prevenção de fraudes para carros usados de fabricantes de pneus, ou desenvolvimento rápido de vacinas por meio de aprendizado de máquina baseado em nuvem por empresas farmacêuticas", afirma Govekar.
Até 2028, a maioria das empresas irá se transformar em entidades digitais capazes de perceber e responder às condições de negócios e de mercado. "Com a computação em nuvem se tornando uma parte integral das operações comerciais em 2028, os CIOs (Chief Information Officers) e líderes de TI terão que implementar um modelo operacional de cloud altamente eficiente para alcançar os objetivos comerciais desejados", diz Govekar.
*Imagem de capa: Depositphotos
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