10 principais tendências tecnológicas para 2024, segundo Gartner
Levantamento do Gartner lista as 10 principais tendências tecnológicas que as empresas precisam explorar em 2024
13/11/2023Levantamento do Gartner lista as 10 principais tendências tecnológicas que as empresas precisam explorar em 2024
13/11/2023Líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, o Gartner anunciou as 10 principais tendências tecnológicas estratégicas que as empresas precisam explorar em 2024.
"As transformações tecnológicas e incertezas socioeconômicas exigem a disposição de agir de forma audaciosa e estratégica para aprimorar a resiliência em vez de respostas improvisadas", diz Bart Willemsen, vice-presidente de análises do Gartner. "Os líderes de TI estão em uma posição única para traçar estrategicamente um caminho em que os investimentos em tecnologia ajudem a manter o sucesso de seus negócios diante dessas incertezas e pressões."
"Eles e outros executivos devem avaliar os impactos e benefícios das tendências tecnológicas, mas isso não é tarefa fácil devido ao crescimento da inovação tecnológica", afirma Chris Howard, vice-presidente e chefe de pesquisa do Gartner. "A inteligência artificial generativa e outros tipos da tecnologia oferecem novas oportunidades e impulsionam diversas tendências. No entanto, obter valor comercial do uso duradouro da inteligência artificial requer uma abordagem disciplinada para a adoção generalizada, juntamente com a atenção aos riscos."
O Gartner prevê que principais tendências tecnológicas estratégicas para 2024 são:
A inteligência artificial generativa (GenAI) está se democratizando pela confluência de modelos maciçamente pré-treinados, computação em nuvem e código aberto, tornando acessível a profissionais em todo o mundo. Até 2026, o Gartner prevê que mais de 80% das empresas terão utilizado APIs e modelos de inteligência artificial generativa e/ou implantado aplicativos habilitados para a tecnologia em seus ambientes de produção, o que representa um aumento em relação aos menos de 5% registrados no início de 2023. As aplicações de inteligência artificial generativa podem tornar vastas fontes de informação - internas e externas - acessíveis e disponíveis para os profissionais. Isso significa que a rápida adoção dessa tecnologia democratizará significativamente o conhecimento e as habilidades nas empresas. Modelos de linguagem avançados permitem que companhias conectem seus trabalhadores ao conhecimento de forma conversacional, com uma compreensão semântica rica.
A democratização do acesso à inteligência artificial tornou a necessidade de gerenciamento de confiança, risco e segurança da tecnologia (TRiSM) ainda mais urgente e clara. Sem diretrizes, os modelos de inteligência artificial podem gerar rapidamente efeitos negativos que se descontrolam, encobrindo qualquer desempenho positivo e ganhos para a sociedade que a tecnologia possibilita. O gerenciamento de confiança, risco e segurança da inteligência artificial fornece ferramentas para ModelOps, proteção de dados pró-ativa, segurança específica para a inteligência artificial, monitoramento de modelos (incluindo de desvio de dados, modelo e/ou resultados não intencionais) e controles de risco para entradas e saídas de modelos e aplicativos de terceiros. O Gartner prevê que até 2026, as empresas que aplicarem controles de gerenciamento de confiança, risco e segurança da inteligência artificial aumentarão a precisão de suas tomadas de decisão, eliminando até 80% de informações ruins ou ilegítimas.
O desenvolvimento auxiliado por inteligência artificial é o uso de tecnologias do tipo, como inteligência artificial generativa e machine learning, para ajudar engenheiros de software em seus projetos, codificação e teste de aplicativos. A engenharia de software assistida por inteligência artificial melhora a produtividade dos desenvolvedores e permite que equipes de desenvolvimento atendam à crescente demanda por software para os negócios. Essas ferramentas de desenvolvimento infundidas com inteligência artificial permitem que engenheiros de software gastem menos tempo escrevendo código, para que possam dedicar mais tempo a atividades mais estratégicas, como o design e composição de aplicativos de negócios atraentes.
As aplicações inteligentes incluem inteligência como uma capacidade. O Gartner define isso como a adaptação aprendida para responder de forma apropriada e autônoma. Essa inteligência pode ser utilizada em muitos casos para melhorar ou automatizar o trabalho. Como capacidade fundamental, as aplicações inteligentes incluem diversos serviços baseados em inteligência artificial, como machine learning, armazenamento de vetores e dados conectados. Como resultado, as aplicações inteligentes oferecem experiências que se adaptam dinamicamente aos usuários. Existe uma clara necessidade e demanda por aplicações inteligentes. Cerca de 26% dos CEOs na Pesquisa de CEO e Executivos de Negócios Sênior do Gartner de 2023 citaram a escassez de talentos como o risco mais prejudicial para suas empresas. A atração e retenção de profissionais são a principal prioridade de força de trabalho dos CEOs, enquanto a inteligência artificial foi apontada como a tecnologia que terá o impacto mais significativo em suas indústrias nos próximos três anos.
A gestão contínua de exposição a ameaças (CTEM) é uma abordagem pragmática e sistemática que permite que as empresas avaliem continuamente e de forma consistente a acessibilidade, exposição e explorabilidade dos ativos digitais e físicos de uma empresa. Alinhar a avaliação e as áreas de remediação da gestão contínua de exposição a ameaças com vetores de ameaças ou projetos de negócios, em vez de um componente de infraestrutura, revela não apenas as vulnerabilidades, mas também ameaças não corrigíveis. Até 2026, o Gartner prevê que as empresas que priorizarem seus investimentos em segurança com base em um programa de gestão contínua de exposição a ameaças alcançarão uma redução de dois terços nas violações.
Também chamados de 'custobots', os machine customers são atores econômicos não-humanos que podem negociar e comprar autonomamente bens e serviços em troca de pagamento. Até 2028, existirão 15 bilhões de produtos conectados com potencial para agir como clientes, além de bilhões a mais a serem lançados nos próximos anos. Essa tendência de crescimento será a fonte de trilhões de dólares em receitas até 2030 e eventualmente se tornará mais significativa do que a chegada do comércio digital. Considerações estratégicas devem incluir oportunidades para facilitar esses algoritmos e dispositivos ou até mesmo criar novos custobots.
A tecnologia sustentável é um conjunto de soluções digitais usadas para promover resultados ambientais, sociais e de governança (ESG) que apoiam o equilíbrio ecológico de longo prazo e os direitos humanos. O uso de tecnologias como inteligência artificial, criptomoedas, a internet das coisas (IoT) e computação em nuvem está gerando preocupações sobre o consumo de energia e seus impactos ambientais. Isso torna ainda mais crítico garantir que o uso de TI se torne mais eficiente, circular e sustentável. Na verdade, o Gartner prevê que até 2027, 25% dos CIOs verão sua compensação pessoal ligada ao impacto de sua tecnologia sustentável.
A engenharia de plataformas é a disciplina de construir e operar plataformas internas de desenvolvimento de autosserviço. Cada plataforma é uma camada, criada e mantida por uma equipe de produto dedicada, projetada para atender às necessidades de seus usuários, interagindo com ferramentas e processos. O objetivo da engenharia de plataformas é otimizar a produtividade, a experiência do usuário e acelerar a entrega de valor comercial.
Até 2027, o Gartner prevê que mais de 70% das empresas usarão plataformas de nuvem da indústria (ICPs) para acelerar suas iniciativas de negócios, o que representa um aumento em relação os 15% estimados para 2023. As plataformas abordam resultados de negócios relevantes para a indústria, combinando serviços subjacentes de SaaS, PaaS e IaaS em uma oferta completa com capacidades componíveis. Geralmente, essas incluem um tecido de dados da indústria, uma biblioteca de capacidades de negócios embaladas, ferramentas de composição e outras inovações de plataforma. As plataformas são propostas de nuvem personalizadas específicas para uma indústria e podem ser ainda adaptadas às necessidades de empresas.
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*Imagem de capa: Depositphotos
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