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Como o ChatGPT pode ser usado na indústria?

Tecnologia vem para trazer maior velocidade a processos de usinagem e outros. Saiba mais

Por: Gabriela Pederneiras      Exclusiva 29/05/2023

O ChatGPT veio para revolucionar diversos mercados. A tecnologia usa a inteligência artificial para gerar respostas a perguntas simples ou complexas. A grande evolução está no modo que essas respostas são construídas: em questão de minutos a tecnologia cria textos muito similares aos que um humano faria. E a fonte de dados? Todo conteúdo da internet até 2021.

Ainda não está claro o modo como o robô irá interagir com os diferentes setores. As possibilidades do ChatGPT na indústria são muitas - como o próprio ChatGPT sugere. Ao ser perguntado como poderia contribuir com a indústria, ele elencou cinco ganhos principais:

  • Atendimento ao cliente: o ChatGPT pode ser usado para melhorar significativamente o atendimento aos clientes, fornecendo respostas precisas e rápidas para perguntas comuns e resolvendo problemas de forma eficiente. Isso pode melhorar a experiência do cliente e aumentar sua satisfação.
  • Análise de dados: o ChatGPT pode ser treinado para analisar grandes volumes de dados e extrair insights valiosos para as empresas. Isso pode ajudar as indústrias a tomarem decisões mais difíceis e aprimorarem suas estratégias de negócios.
  • Automação: o ChatGPT pode ser usado para automatizar processos repetitivos, como atendimento ao cliente e gerenciamento de tarefas, permitindo que as empresas se concentrem em tarefas mais importantes e estratégicas.
  • Personalização: o ChatGPT pode ser treinado para fornecer recomendações personalizadas com base no histórico. Isso pode melhorar a experiência do usuário e aumentar a fidelidade do cliente.
  • Aprendizado de máquina: o ChatGPT pode ser usado como uma ferramenta de aprendizado de máquina para treinar modelos de IA a fazerem tarefas específicas, como reconhecimento de fala e processamento de texto. Isso pode ajudar as indústrias a desenvolver soluções de IA personalizadas para atender às suas necessidades específicas.

Os especialistas concordam com a tecnologia e vão além na sua aplicação. O diretor da vertical Multisector na consultoria FCamara, Rodrigo Salla, defende que “além de gerar resultados concisos que ajudarão a entender melhor os dados da companhia, o ChatGPT pode ser usado para criar dados em tempo real, relacionando os itinerários e horários dos meios de transporte, por exemplo. A ferramenta pode também levantar dados e detalhes de uma possível previsão de vendas e pode atuar na prevenção de fraudes”. 


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O Chat GPT vai acabar com o emprego de humanos?

Sempre que uma tecnologia nova surge, o medo desta ocupar cargos de trabalho de humanos vem junto. Mas assim como as suas predecessoras, o Chat GPT não deve acabar com empregos, mas sim torná-los ainda mais táticos.

Já faz alguns anos que a especialização e um olhar estratégico são os caminhos mais indicados para os profissionais da indústria. Mais do que captar e analisar dados, espera-se que os profissionais possam ter insights diferentes e inovadores.

O Chat GPT vem para fazer um trabalho na indústria que outras tecnologias já começaram, o de operacionalizar tarefas repetitivas. Seu diferencial é poder consultar e interpretar uma quantidade enorme de dados públicos, gerando uma informação fácil de ser interpretada. 

Chat GPT na usinagem

A usinagem, por exemplo, pode se beneficiar muito da tecnologia, uma vez que o profissional não precisará mais perder tempo consultando em materiais técnicos qual ferramenta usar para determinado material ou qual usinagem é necessária para determinada peça.

Por meio dos dados históricos e com base em parâmetros, o robô entrega essa resposta rapidamente, cabendo ao profissional aplicar o conhecimento da melhor forma possível. Isso permite que a produção ganhe mais tempo e eficiência. 

A tecnologia veio para ser mais uma aliada no desenvolvimento industrial, cabe aos profissionais entenderem como usá-la de maneira operacional e que ajude a imprimir mais agilidade nos processos, para que estes foquem seu tempo em construir mais inteligência para a indústria brasileira.

 

*Imagem de capa: Depositphotos

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Gabriela Pederneiras

Gabriela Pederneiras é jornalista e redatora especial para os portais CIMM e Ind4.0