IA Autônoma: Gartner aponta Agentic AI como grande promessa da indústria 4.0 para 2025

A Gartner destaca a Agentic AI como uma das principais tendências para 2025, prometendo revolucionar a automação industrial ao permitir que sistemas tomem decisões de forma autônoma, aumentando a produtividade e eficiência

Por: Assessoria de Imprensa      31/10/2024 

O Gartner Inc. anuncia sua lista das 10 principais tendências tecnológicas estratégicas que as empresas devem explorar em 2025. Segundo Gene Alvarez, vice-presidente e analista do Gartner, “as principais tendências tecnológicas estratégicas do ano abrangem imperativos e riscos da inteligência artificial (IA), novas fronteiras da computação e a sinergia entre humanos e máquinas”. Para ele, “acompanhar essas tendências ajudará os líderes de TI a moldarem o futuro de suas empresas com inovação responsável e ética.”

Confira a lista

  1. Agentic AI : Sistemas de Agentic AI (Inteligência Artificial Agêntica) planejam e tomam ações de forma autônoma para atingir objetivos definidos pelos usuários. A Agentic AI oferece a promessa de uma força de trabalho virtual que pode aliviar e potencializar o trabalho humano. O Gartner prevê que, até 2028, pelo menos 15% das decisões diárias de trabalho serão tomadas autonomamente por meio da Agentic AI, em comparação com 0% em 2024. As capacidades orientadas por metas dessa tecnologia entregarão sistemas de software mais adaptáveis, capazes de efetuarem uma ampla variedade de tarefas. A Agentic AI tem o potencial de realizar o desejo dos Chief Information Officers (CIOs) de aumentar a produtividade em toda a empresa. Essa motivação está levando tanto companhias quanto fornecedores a explorarem, inovarem e estabelecerem a tecnologia e as práticas necessárias para entregarem essa inteligência de maneira robusta, segura e confiável.
     
  2. Plataformas de governança de inteligência artificial: As plataformas de governança de IA fazem parte do framework em evolução de gestão de confiança, risco e segurança (TRiSM) de inteligência artificial do Gartner, que permite às empresas gerenciar o desempenho legal, ético e operacional de seus sistemas de IA. Essas soluções tecnológicas têm a capacidade de criar, gerenciar e aplicar políticas para o uso responsável da IA, explicar como os sistemas de IA funcionam e fornecer transparência para construir confiança e responsabilidade. O Gartner prevê que, até 2028, as empresas que implementarem plataformas abrangentes de governança de IA irão experimentar 40% menos incidentes éticos relacionados à IA em comparação com as companhias que não implementarem esses sistemas.
     
  3. Segurança contra desinformação: A segurança contra desinformação é uma categoria emergente de tecnologia que sistematicamente discerne a confiança e visa fornecer sistemas metodológicos para garantir integridade, avaliar autenticidade, prevenir falsificações e rastrear a disseminação de informações prejudiciais. Até 2028, o Gartner prevê que 50% das empresas começarão a adotar produtos, serviços ou recursos especificamente projetados para lidar com casos de uso de segurança contra desinformação, em comparação com menos de 5% hoje. A ampla disponibilidade e o estado avançado das ferramentas de IA e Machine Learning (aprendizado de máquina) sendo utilizadas para fins prejudiciais devem aumentar o número de incidentes de desinformação direcionados às empresas. Se isso não for controlado, a desinformação pode causar danos significativos e duradouros a qualquer companhia.
     
  4. Criptografia pós-quântica: A criptografia pós-quântica oferece uma proteção de dados que é resistente aos riscos de decodificação da computação quântica. À medida que os desenvolvimentos em computação quântica avançaram nos últimos anos, espera-se que vários tipos de criptografia convencional amplamente utilizados se tornem obsoletos. Não é fácil trocar métodos criptográficos, então as empresas devem se preparar com antecedência para uma proteção robusta de tudo o que for sensível ou confidencial. O Gartner prevê que, até 2029, os avanços na computação quântica tornarão a maioria das criptografias assimétricas convencionais inseguras para uso.
     
  5. Inteligência invisível ambiental: A inteligência invisível ambiental é viabilizada por etiquetas inteligentes e sensores de baixíssimo custo e de pequeno porte, que proporcionam rastreamento e sensoriamento em larga escala a preços acessíveis. A longo prazo, a inteligência invisível ambiental permitirá uma integração mais profunda de sensoriamento e inteligência no cotidiano. Até 2027, os primeiros exemplos da tecnologia se concentrarão na resolução de problemas imediatos, como verificação de estoque no varejo ou logística de mercadorias perecíveis, ao permitir o rastreamento e a deteção de itens em tempo real de baixo custo para melhorar a visibilidade e eficiência.
     
  6. Computação com eficiência energética: A TI impacta a sustentabilidade de várias maneiras e, em 2024, a principal consideração para a maioria das organizações de TI é sua pegada de carbono. Aplicações intensivas em computação, como treinamento de IA, simulação, otimização e renderização de mídia, provavelmente serão os maiores contribuintes para a pegada de carbono das empresas, pois consomem a maior quantidade de energia. Espera-se que, a partir do final da década de 2020, várias novas tecnologias de computação, como ótica, neuromórfica e novos aceleradores, emergirão para tarefas específicas, como IA e otimização, que utilizarão significativamente menos energia.
     
  7. Computação híbrida: Novos paradigmas de computação continuam surgindo, incluindo unidades de processamento central, unidades de processamento gráfico, borda (edge), circuitos integrados de aplicação específica, neuromórfica, e paradigmas de computação quântica clássica e ótica. A computação híbrida combina diferentes mecanismos de computação, armazenamento e rede para resolver problemas computacionais. Esse formato de computação ajuda as empresas a explorar e solucionar problemas, permitindo que tecnologias como a IA superem os limites tecnológicos atuais. A computação híbrida será usada para criar ambientes de inovação transformadores altamente eficientes, que operam de forma mais eficaz do que os convencionais.
     
  8. Computação espacial: A computação espacial aprimora digitalmente o mundo físico com tecnologias como realidade aumentada e realidade virtual. Este é o próximo nível de interação entre experiências físicas e virtuais. O uso da computação espacial aumentará a eficácia das empresas nos próximos cinco a sete anos, por meio de fluxos de trabalho simplificados e colaboração aprimorada. O Gartner prevê que, até 2033, a computação espacial crescerá para US$ 1,7 trilhões, em comparação com os US$ 110 bilhões registrados em 2023.
     
  9. Robôs polifuncionais: Máquinas polifuncionais têm a capacidade de realizar mais de uma atividade e estão substituindo robôs para tarefas específicas, que são projetados para executar repetidamente uma única iniciativa. A funcionalidade desses novos robôs melhora a eficiência e proporciona um retorno sobre o investimento (ROI) mais rápido. Os robôs polifuncionais são projetados para operar em um mundo com humanos, o que permitirá uma implementação rápida e fácil escalabilidade. O Gartner prevê que, até 2030, 80% dos humanos interagirão com robôs inteligentes diariamente, em comparação com menos de 10% hoje.
     
  10. Aprimoramento neurológico: O aprimoramento neurológico melhora as habilidades cognitivas humanas usando tecnologias que leem e decodificam a atividade cerebral. Esta tecnologia lê o cérebro de uma pessoa usando interfaces cérebro-máquina unidirecionais ou interfaces cérebro-máquina bidirecionais (BBMIs). Isso tem um enorme potencial em três áreas principais: aprimoramento humano, marketing de próxima geração e desempenho. O aprimoramento neurológico melhorará as habilidades cognitivas, permitirá que as marcas saibam o que os consumidores estão pensando e sentindo, e aumentará as capacidades neurais humanas para otimizar os resultados. O Gartner prevê que, até 2030, 30% dos trabalhadores do conhecimento serão aprimorados e dependentes de tecnologias como BBMIs (financiadas tanto por empregadores quanto por eles mesmos) para se manterem relevantes com o aumento da inteligência artificial no local de trabalho, em comparação com menos de 1% em 2024.

 

*Imagem de capa: Depositphotos.com

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