A partir desta terça-feira (25), empresas provedoras de tecnologias 4.0 já podem inscrever projetos de digitalização e conectividade que ofereçam soluções capazes de aumentar a produtividade e melhorar processos industriais de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Essa é a terceira chamada Smart Factory, realizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Cada projeto selecionado poderá contar com até R$ 800 mil.
O Smart Factory faz parte da Plataforma Inovação para a Indústria, do SENAI, e apoia o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias que vão acelerar a adoção de tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0. O valor total é de R$ 28 milhões, distribuídos em quatro chamadas de R$ 7 milhões. O conceito de Smart Factory está ligado a fábricas inteligentes altamente digitalizadas.
Para o diretor geral do SENAI, Rafael Lucchesi, a chamada é uma oportunidade para as empresas brasileiras se desenvolverem tecnologicamente. “A busca por soluções tecnológicas da indústria 4.0 pode gerar uma cadeia de valor industrial inteligente e integrada, o que é fundamental para o desenvolvimento sustentável do país. É importante que as empresas brasileiras aproveitem essa oportunidade e invistam em inovação e tecnologia para se manterem competitivas no mercado global”, diz.
Aumento de produtividade e eficiência
O Smart Factory também integra o Programa Brasil Mais Produtivo, coordenado pelo governo federal, e visa elevar os níveis de produtividade e eficiência de MPMEs por meio da capacitação e serviços de consultoria, além de promoção de melhorias rápidas, de baixo custo e alto impacto. “Desde o começo do processo, já testemunhamos muitos casos de melhoria em pequenas indústrias de todos os cantos do Brasil. A ABDI se dedica ao Smart Factory, pois estamos vendo o resultado do programa bem de perto”, justifica Igor Calvet, presidente da ABDI.
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Para Uallace Moreira Lima, secretário de desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, do MDIC, o governo tem buscado desenvolver empresas líderes em tecnologias digitais emergentes. “Alinhada a esse objetivo, a chamada Smart Factory promove o desenvolvimento de soluções tecnológicas com foco na melhoria da produtividade e competitividade das MPMEs e é uma das mais relevantes modalidades do portfólio do programa Brasil Mais Produtivo”, diz.
“O Smart Factory tem potencial de gerar tecnologias na área de digitalização, muito importante para ajudar a aumentar a produtividade das empresas brasileiras, principalmente as pequenas. E, agora, com a nova linha do BNDES voltada para inovação e digitalização, que é muito competitiva por ter a TR como custo básico, isso poderá ser ainda mais potencializado”, avalia o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon.
Ganhos para empresas provedoras de tecnologias e MPMEs
Além da execução e da aplicação, a chamada inclui validação dos projetos desenvolvidos em ambiente real, no processo produtivo das MPMEs, feita pelos Institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia.
O Smart Factory começou a apoiar o setor em 2022. Desde então, 31 projetos foram selecionados. A expectativa é de que 1.200 MPMEs sejam beneficiadas ao longo do programa. Nesta terceira chamada, os projetos aprovados terão 12 meses entre desenvolvimento e teste no ambiente real para validar tecnologias.
A segunda chamada, encerrada em março deste ano, selecionou 18 projetos de P&D+I de digitalização e conectividade dos seguintes estados: Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo. A quarta chamada Smart Factory deve ser anunciada ainda este ano.
Plataforma Inovação para a Indústria
A Plataforma Inovação para a Indústria, do SENAI, é uma iniciativa para financiar o desenvolvimento de produtos, processos ou serviços inovadores, com o objetivo de aumentar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira, além de promover a otimização da segurança e saúde na indústria. Criada em 2004, já selecionou mais de mil projetos inovadores, nos quais foram investidos mais de R$ 917 milhões.