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Impressora 3D: a tecnologia em prol do meio ambiente

O uso de impressoras 3D tem contribuído para aprimorar o uso de soluções sustentáveis na indústria

Por: Senac Betim      27/06/2023 

As impressoras 3D desempenham um papel significativo na redução do desperdício de materiais na fabricação de produtos, devido à sua capacidade de confeccionar objetos, camada por camada, em vez de usar processos de produção tradicionais que, normalmente, são subtrativos. Além disso, possibilitam a reciclagem de plásticos, em geral, como as garrafas PETs, por meio de vários métodos de reaproveitamento de restos de impressão 3D, cada um com suas próprias técnicas e processos, por exemplo, moagem e filtração, extrusão e filamentação e reciclagem química.   

O uso de impressoras 3D tem contribuído para reduzir a poluição que se acumula desde a Revolução Industrial - a transição da produção manual para a mecanizada em larga escala -, porém teve como resultado o surgimento das fábricas, sem regulamentações ambientais, e a consequente degradação do ar e da água. Atualmente, esses processos de reciclagem, por meio da impressora 3D, ajudam a preservar o meio ambiente, pois colaboram para controlar o desperdício, promover a conservação de recursos e diminuir a emissão de carbono. Ou seja, o equipamento não libera gases tóxicos na atmosfera e ainda reaproveita os resíduos.   

Plástico biodegradável na impressão 3D

O docente da área de Tecnologia e Gestão do Senac de Betim Evandro Ornelas explica que as impressoras utilizam filamentos - materiais em forma de fio usados como matéria-prima para a impressão, geralmente o PLA (ácido poliláctico), que é um plástico biodegradável à base de vegetais. “Eles são considerados opções sustentáveis na impressão 3D. Ao contrário do plástico convencional, que demora centenas de anos para se decompor completamente, o PLA leva, no máximo, dois anos para concluir esse processo, sem prejudicar o meio ambiente.”  


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A impressora 3D também é importante ferramenta para minimizar a quantidade de plásticos descartados no meio ambiente. Ao utilizar esses filamentos reciclados, promove a implementação de uma economia circular, em que os materiais são reaproveitados e reintroduzidos na cadeia produtiva. Isso reduz a dependência de matérias-primas virgens, contribui para a sustentabilidade ambiental e apoia a indústria da reciclagem de plásticos.  

O desafio, na avaliação do docente, é ampliar o uso da impressora 3D, que é muito restrito no momento. “Embora os custos para adquirir uma impressora já se encontrem bem mais amigáveis, ainda é um investimento significativo para as pessoas de modo geral. E, mais que isso, exige um aprendizado para poder usufruir de todas as potencialidades do equipamento. No caso das empresas, não são todos os processos de produção que a impressora 3D, atualmente, consegue resolver com custos competitivos ou escala de produção equivalente ao modelo tradicional de fabricação”, analisa Ornelas.   

Assim, trata-se de uma tecnologia que está se desenvolvendo e ganhando espaço, em uma área de pesquisa em constante evolução. Várias tecnologias estão sendo desenvolvidas para melhorar sua eficiência. No fim, as impressoras 3D têm o potencial de revolucionar a produção de peças de reposição, oferecendo uma solução mais sustentável, ao reduzir a necessidade de descartar produtos inteiros e ajudar na redução da dependência de estoques. 

 

*Imagem de capa: Depositphotos

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