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Gêmeos digitais podem reduzir desvios na engenharia dimensional

Variações geométricas são naturais, mas podem ser minimizadas o que otimiza os custos das indústrias.

Por: Gabriela Pederneiras      Exclusiva 09/06/2022

Importantes indústrias para o desenvolvimento nacional, como as de óleo e gás, dependem da engenharia dimensional para garantir sua operação e evolução. Acontece que, neste meio, as variações geométricas e desvios são naturais - e inclusive esperados -, o que pode prejudicar ou atrasar as entregas dessas indústrias.

Tecnologias alinhadas com o conceito 4.0 podem ajudar a diminuir tais desvios, como é o caso do uso dos gêmeos digitais. A partir deles é possível ter maior previsibilidade das variações e, portanto, minimizá-las. Os gêmeos digitais ainda podem ser usados por engenheiros de fluidos para entender o comportamento das substâncias que passam pelas estruturas e, logo, interferem no seu funcionamento. 

Como funcionam os gêmeos digitais na engenharia dimensional?

Fatores como temperatura, pressão, montagem, fluídos, componentes, desgastes, entre outros, impactam no comportamento dos produtos. Isso faz com que seja quase impossível que não haja variações entre o projeto e a execução. 

Se não podem ser evitados, tais desvios podem ser minimizados. Por meio do gêmeo digital, o engenheiro pode testar diferentes situações em um protótipo online idêntico ao físico. Assim, é possível prever as variações que o produto sofreria ao longo do seu ciclo de vida e atuar em soluções antes mesmo do problema ser real. 

A tecnologia, que integra o conceito de 4.0, ajuda os engenheiros dimensionais a entenderem e terem o controle das variações causadas tanto pelos materiais de montagem quanto pelos fluídos que fazem parte do uso do produto. Isso otimiza os custos ao passo que diminui o tempo de máquinas paradas, o custo de manutenção e aumenta o tempo de uso dos produtos. 

Integração da Indústria 4.0

Os gêmeos digitais se tornam ainda mais eficazes quando integrados com outras tecnologias presentes nas indústrias 4.0. É o caso dos sensores que permitem o mapeamento em  tempo real das condições dos produtos físicos, dando insumos para a criação de um protótipo online ainda mais verídico. 


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O gêmeo digital pode ser usado também para a reposição ou manutenção do produto. Isso porque permite que os profissionais entendam qual a melhor forma de fazer tais substituições, sem colocar em teste as versões físicas - o que poderia causar tempo parado ou possíveis falhas. 

A maior previsão dos problemas de geometria, portanto, ajuda no desenvolvimento das indústrias e, por consequência, do país. 

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Gabriela Pederneiras

Jornalista e Redatora Especial CIMM e Ind. 4.0.