Indústria extrativa e manufatureira estão entre as principais áreas favorecidas com o 5G
Pesquisa da Claranet e Huawei aponta quatro setores da economia que serão mais beneficiados com a chegada do 5G no Brasil.
22/04/2021Pesquisa da Claranet e Huawei aponta quatro setores da economia que serão mais beneficiados com a chegada do 5G no Brasil.
22/04/2021Se o 4G mudou a vida das pessoas, o 5G habilitará uma grande transformação na sociedade, acompanhado de todo o ecossistema de telecomunicações como cloud computing, inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT) e infraestrutura de fibra. Segundo os especialistas da Claranet, multinacional de tecnologia com foco em serviços gerenciados de cloud, e da Huawei, multinacional líder global em soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), algumas áreas serão mais beneficiadas com a chegada da nova geração da internet móvel no país.
Há, portanto, um entendimento que é comum a toda sociedade, que o 5G trará transformações mais incisivas na produtividade e forma de trabalhar da maior parte dos setores da economia. "De forma mais técnica, o 5G traz três grandes vantagens: maior velocidade de conexão (até 100 vezes mais), maior quantidade de SIM cards por célula, suportando até 1M de devices por km2 e uma menor latência, podendo atingir mínimos 0.5ms", revela Nicolas Driesen, Solutions Representative da Huawei.
O 4G fez a revolução dos aplicativos, transformando indústrias, como a hoteleira e de entretenimento, que foram levadas para uma era onde a conectividade foi crucial para aumentar a escala desses serviços. Com o 5G, além dos serviços, a produtividade de setores industriais e agrícolas será incrementada de forma exponencial. No Brasil, os setores que mais serão favorecidos são:
Além dos quatro setores, outros segmentos deverão ser otimizados com a tecnologia. "A internet das coisas (IoT) passará a funcionar de forma efetiva, já que o baixíssimo tempo de resposta nas conexões, irá habilitar de vez a conectividade entre as máquinas. Eletrodomésticos serão mais eficientes, gerando economia de energia, além de carros autônomos e cidades inteligentes, que se tornarão realidade. Indústrias, que são intrinsecamente tecnológicas, como a do entretenimento (OTTs - plataforma de distribuição de conteúdo pela internet) e os videogames, com especial destaque aos eSports, também serão transformadas com o 5G", completa Driesen.
O avanço da conectividade também traz riscos, como o aumento no número de ameaças. Para Diogo Barroso, CTO da Claranet, precisamos estar atentos às vulnerabilidades em toda a infraestrutura de telecomunicações, além da segurança e privacidade do usuário. "Ao mesmo tempo que a chegada do 5G nos proporciona muitas vantagens, ela levanta novas preocupações referentes à segurança, principalmente de endpoint. Mais dispositivos conectados implicam em maior superfície de ataque para os cibercriminosos", explica.
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Isso porque o 5G possibilita mais conexões, mais distantes e com maior largura de banda do que as gerações anteriores, além de aumentar a superfície de ataque, faz com que a estruturas de Data Centers e Backbones tenham que se adaptar à esta nova capacidade.
"As ameaças à segurança são desafiadoras e é preciso se preparar. A primeira recomendação é considerar com antecedência quais riscos à segurança a implementação do 5G pode representar. Uma opção é realizar uma avaliação de risco de segurança cibernética, que examina a governança, arquitetura, resiliência cibernética e cadeias de suprimentos. O resultado da análise pode ser usado para desenvolver medidas direcionadas sob medida para o contexto de aplicação específico", explica.
Outra recomendação é sempre usar a arquitetura de confiança zero, em uma rede de confiança zero, os aplicativos e fluxos de dados são estritamente segmentados e acessíveis apenas à quem realmente interessa, utilizando-se MFA (Múltiplo Fator de Autenticação) que associam inteligência artificial para analisar possíveis desvios do comportamento, conclui o CTO.
A chegada efetiva do 5G não será imediata, mas devemos ficar atentos. No edital aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), está previsto de estar operacional nas 26 capitais do Brasil e no Distrito Federal em julho de 2022. Para todas as cidades do Brasil com mais de 30 mil habitantes, o prazo é julho de 2029. Porém, esses prazos ainda precisam ser aprovados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), para que o leilão aconteça. A expectativa do governo federal é de que o leilão aconteça ainda no 1º semestre de 2021.
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