Para Fiesp, adoção de tecnologias da indústria 4.0 é lenta dentro do Brasil
De acordo com estudo realizado pela Federação, o número de empresas implantando ações para a nova indústria caiu 7% nos últimos dois anos
04/12/2019De acordo com estudo realizado pela Federação, o número de empresas implantando ações para a nova indústria caiu 7% nos últimos dois anos
04/12/2019A atualização dos equipamentos de fábrica para máquinas voltadas à indústria 4.0 não é prioridade entre as empresas e tem seu ritmo caindo nos últimos anos. Essa é a conclusão do levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), após consultar 417 empresas.
De acordo com informações do estudo, que comparou os números coletados com os de uma pesquisa realizada em 2017, houve redução de 7% no número de empresas implantando ações para indústria 4.0, que era 30% há dois anos e atualmente está em 23%.
Apesar de o investimento nesse modelo de produção ter permanecido com o mesmo percentual de 1,3% do faturamento das empresas, mas a expectativa dos empresários é que haja um crescimento para 1,7% no ano que vem.
E essa diminuição é notada pelos tomadores de decisão: dos consultados para essa análise apenas 22% acreditam que estão fazendo “progresso substancial” nessa área, contra 35% de respondentes na edição passada. E apenas 3% da base da pesquisa acredita estar muito preparado.
A indústria 4.0 tem ocupado “baixa prioridade” na estratégia das empresas do público respondente, especialmente pelas marcas de menor porte. Entre as grandes companhias, a prioridade é média e alta para 90%.
De um modo geral, a maioria das empresas avaliadas ainda se encontra dentro da indústria 3.0, com baixa preparação para uma realidade em que sistemas conectados e dispositivos inteligentes farão parte das linhas de produção.
Das dificuldades elencadas pela pesquisa para a implantação de tecnologia 4.0, encontram-se a falta de recursos próprios, pouca clareza sobre relação custo-benefício e funcionários não capacitados. Além de, pelo lado externo, problemas como custos elevados de implantação, pouco otimismo com o futuro e financiamento a taxas pouco atrativas.
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Para José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente da Fiesp, acredita que muitos profissionais de alta liderança ainda não entendem o fato de que avançar tecnologicamente será um imperativo em um futuro não muito distante.
O executivo também destaca que a participação do governo, por meio de incentivos, se faz necessária para acelerar o processo de digitalização e fazer com que a indústria brasileira não fique muito atrás da aplicada em outros continentes.
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