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Edge Computing: o que é, onde se aplica e qual a relação com a cloud?

Por: Assessoria de Imprensa      08/02/2019 

Em tradução livre, Edge Computing significa computação de ponta, ou de borda, isto é, um sistema mais próximo que permite às organizações processarem um volume maior de dados de modo mais rápido e eficiente.

Para entender melhor, é importante compreender o atual cenário tecnológico. Estamos mais conectados do que nunca. Portamos e operamos dispositivos, móveis ou não, que geram e processam um grande volume de dados. E tudo fica armazenado na nuvem, o que permite que as informações estejam sempre acessíveis.

No entanto, o aumento de dispositivos conectados leva a uma limitação óbvia e inevitável: o elevado volume de dados deve ser proporcional aos recursos de computação, o que pode acarretar altos custos ao negócio; utilização excessiva da rede; alta latência; indisponibilidade e redução da confiabilidade dos sistemas.

Assim, já começamos a observar iniciativas de empresas que aproximam os serviços de nuvem ao perímetro da rede. Dessa forma, as operações de armazenamento e processamento aproximam-se das fontes dos dados, trazendo resultados mais ágeis. Isso é Edge Computing. A ideia é realocar parte do poder computacional do data center para as extremidades (edges) da rede, incluindo pontos próximos ou o próprio dispositivo.

Por meio dessa tecnologia, os aparelhos IoT podem transmitir dados para um equipamento próximo, como um gateway, capaz de compreender e processar as informações e dar respostas rapidamente, reduzindo a necessidade de transferir dados à nuvem para então devolver o resultado.

Para entender como pode ser aplicado no âmbito corporativo, veja como a necessidade de maior disponibilidade e agilidade estão presentes em nosso cotidiano. Quando usamos um aplicativo para alugar casas, saber como está o clima, fazer agendamentos, pedir táxis, entre outras coisas, ficamos impacientes quando o sistema demora a dar uma resposta ou simplesmente está indisponível. Isso acontece porque ele depende muito do processamento e armazenamento externo, centralizado na nuvem.


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Essa demora ou indisponibilidade dentro de uma organização pode impactar na perda de negócios e qualidade operacional. Então, se a empresa implementar uma infraestrutura de edge, por meio de um data center modular local, por exemplo, processos importantes e cargas de trabalho podem ser processados rapidamente, com uma latência quase imperceptível.

Quais impactos traz ao negócio?

Um dos grandes ganhos do Edge Computing para o negócio é a não dependência de um data center distante, bastando ao gestor gerenciar a periferia da rede, ou seja, os pontos próximos de processamento e armazenamento. Mas, assim como toda tecnologia em evolução, aqui também é necessário estar atento a alguns riscos que podem impactar o negócio.

Um deles e talvez o principal, está relacionado à segurança. Se você traz o armazenamento e o processamento para a borda da rede, distribuindo para diversos pontos, aumenta substancialmente o tamanho da superfície exposta a ataques. Eles podem se tornar portas de entrada desprotegidas.

Há também a preocupação com o custo da implementação e o gerenciamento das extremidades. Dentro de um ponto de vista escalável, quanto maior a infraestrutura de TI, maiores serão os valores usados para expandir, operar e monitorar. Os custos acabam crescendo proporcionalmente à ampliação do negócio.

No entanto, essa é apenas uma das perspectivas, pois muitos defenderão o Edge Computing como uma solução mais segura, uma vez que os dados não precisam trafegar na nuvem, permanecendo em um ambiente seguro e controlado.

Edge Computing e cloud: qual a relação?

Por conceito, as duas tecnologias são opostas quando se referem ao local de processamento e armazenamento. Ao passo que a nuvem mantém a operação em um data center central, em um servidor remoto, o Edge Computing realoca o processamento nas bordas da rede, em pontos mais perto dos dispositivos.

Apesar de diferentes, eles não se substituem. Na realidade, são complementares. Por exemplo, regras de análise podem ser criadas em nuvem e, então, enviadas para os dispositivos periféricos para um processamento próximo.

Assim, não se trata de uma discussão acerca de qual tecnologia dominará os próximos anos, mas sim, sobre o que as empresas têm feito hoje para garantir a qualidade, a segurança e a disponibilidade de serviços e informações com base nos recursos já existentes.

 

*Alexandre Glikas é diretor-geral da Locaweb Corp, unidade corporativa da Locaweb.

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