Manufatura híbrida traz novas oportunidades à indústria brasileira

A manufatura híbrida, que combina os processos de adição de material metálico (também conhecido como impressão 3D metálica) e de usinagem em uma mesma máquina

Por: ROMI      19/12/2018 

Na constante busca por melhorias nos processos produtivos para tornar a fabricação de peças metálicas cada vez mais eficiente e flexível, um dos maiores destaques está em uma nova tecnologia chamada de Manufatura Híbrida, que combina os processos de adição de material metálico (também conhecido como impressão 3D metálica) e de usinagem em uma mesma máquina.

O processo de impressão 3D metálica tem se desenvolvido rapidamente, mas ainda esbarra no acabamento superficial das peças fabricadas, sendo necessária, por exemplo, a sua finalização em um centro de usinagem, justificando assim a necessidade do desenvolvimento das máquinas híbridas, como o Centro de Usinagem Vertical 5 eixos ROMI DCM 620-5X Hybrid, lançado em 2017.

Segundo Douglas Pedro de Alcântara, Gerente de Desenvolvimento de Produtos da Romi, a tecnologia híbrida começa a apresentar resultados positivos, demonstrados nos diversos testes realizados aos potenciais clientes. Além da concretização da venda da primeira máquina da linha ROMI Hybrid, para um cliente na Europa, ele ressalta ainda o interesse de institutos de pesquisas brasileiros em adquirir máquinas da linha ROMI Hybrid, o que permitiria desenvolver conhecimento nessa nova tecnologia e também desenvolver novos processos de fabricação para setores como Óleo & Gás, Ferramentaria e Agrícola.

Dentre os principais benefícios que a manufatura híbrida pode trazer à produção de peças metálicas, podemos destacar:

Uso adequado e preciso do material

Materiais de custo elevado, tais como Aço Inox 316L e ligas de Inconel (são materiais resistentes à oxidação e à corrosão, adequados para serviços em ambientes extremos sujeitos a pressão e calor), interferem ainda mais no custo final da peça e por isso seu emprego na manufatura híbrida permite a melhoria da eficiência mecânica da peça sem o aumento excessivo dos custos. Peças inteiramente feitas com esses materiais, provavelmente se tornariam inviáveis financeiramente, mas com a deposição de pequenas quantidades em locais estratégicos, como áreas de alto desgaste, tornam ideal a aplicação do processo de manufatura híbrida.


Continua depois da publicidade


Pode-se adicionar material especificamente nos locais em que seja necessário, diminuindo substancialmente os gastos com materiais e consequentemente o custo final da peça. “Um exemplo típico é o reparo de hélices de aço carbono que recebem adição de Aço Inox somente em sua extremidade e, logo em seguida, com o ROMI DCM 620-5X Hybrid, se faz a usinagem em 5 eixos das extremidades que possuem perfil bastante complexo. Caso fosse feita inteiramente de Aço Inox se tornaria uma peça muito cara”, comenta Alcântara.

Mais agilidade no reparo e alterações de moldes

Com as constantes alterações nas peças injetadas e estampadas, quer seja para atender melhorias mecânicas ou mudanças no design, muitas vezes se faz necessário realizar alterações nos moldes ou estampos de maneira mais eficiente. A manufatura híbrida auxilia na solução deste problema, executando as operações de deposição de material e em seguida a usinagem, em uma mesma fixação, trazendo mais precisão à peça final e maior eficiência no processo produtivo, com menor tempo de movimentação da peça.

Um outro ponto positivo na solução de manufatura híbrida Romi é a baixa transmissão de temperatura para o molde durante a deposição do material, evitando possíveis trincas – o molde não é aquecido em excesso durante a adição.

Grande variedade de aplicações

Por si só, um centro de usinagem com 5 eixos já traz muita flexibilidade na fabricação de peças com geometrias simples e complexas em um único setup, reduzindo substancialmente o tempo de usinagem. Combinado com a versatilidade da manufatura aditiva metálica resulta em uma máquina que permite otimizações e customizações nas peças, alinhada aos conceitos da Indústria 4.0.

“Você pode, por exemplo, começar adicionando um material e então mudar para outro diferente, formando um gradiente. Isso é muito útil, por exemplo, na produção de peças para perfuração e produção de petróleo, que podem se beneficiar de adição de material específico apenas em algumas partes”, exemplifica o gerente da Romi.

Em termos de variedade de aplicações, a Linha ROMI Hybrid pode atender diversos setores como Moldes & Matrizes, Óleo & Gás, Aeronáutico, Médico-Hospitalar, Automotivo e Institutos de Pesquisa.

 

Sobre a Romi

A Indústrias Romi S.A. (B3: ROMI3), fundada em 1930, é líder na indústria brasileira de máquinas e equipamentos industriais. A Companhia está listada no “Novo Mercado”, que é reservado para as empresas com o maior nível de governança corporativa da B3. A Companhia fabrica máquinas-ferramenta, com foco em tornos, tornos CNC, centros de torneamento e centros de usinagem; máquinas injetoras e sopradoras de termoplásticos; e peças fundidas em ferro cinzento e nodular, que podem ser fornecidas brutas ou usinadas. Os produtos e serviços da Companhia são vendidos mundialmente e utilizados por uma grande variedade de indústrias, tais como automotiva, de bens de consumo, máquinas em geral, equipamentos industriais e agrícolas.

Gostou? Então compartilhe: