Golpes online podem custar até US$ 9,5 bilhões até o fim do ano para as empresas
A questão é ainda mais crítica no setor de manufatura, que registra o maior número de incidentes de cibersegurança confirmados
A questão é ainda mais crítica no setor de manufatura, que registra o maior número de incidentes de cibersegurança confirmados
A cibersegurança está no topo da lista de prioridades dos líderes empresariais, e não é para menos. De acordo com um relatório da Cybersecurity Ventures, o custo com este tipo de golpe chegou a US$ 8 bilhões em 2023. É como se a cada segundo US$ 250 fosse perdido por conta de crimes online.
Por mais que o conhecimento sobre os tipos de golpes e sobre a necessidade de ações preventivas esteja mais popularizado, a perspectiva ainda é pouco animadora. O estudo prevê que, neste ano, o custo de crimes cibernéticos chegará a US$ 9,5 bilhões, alcançando US$ 10,5 bilhões em 2025.
Os golpes online estão ficando mais caros para as empresas. Estima-se que, em todos os setores analisados nos Estados Unidos, o custo médio que as companhias perderam por ataques deste tipo em 2023 foi de US$ 1,3 milhão.
E não são só os grandes negócios que entram na conta. As pequenas e médias empresas também sofrem com perdas constantes pela falta de segurança digital. Neste contexto, de acordo com uma reportagem sobre o tema publicada na USA Today, um dos principais fatores de risco é a falta de segurança nas senhas. Um estudo da Ponemon Institute mostrou que 55% dos entrevistados afirmaram que suas empresas não têm ou não estão comprometidas com políticas de senhas e biometria.
Com o crescente risco e potencial prejuízo causado pelo aumento de cibercrimes, as empresas têm dado mais atenção às questões de segurança. Na indústria de transformação isso é ainda mais relevante, uma vez que este é o setor com mais incidentes de cibersegurança confirmados.
A maior digitalização das fábricas aumenta o risco de golpes digitais. Os principais tipos de ataques online são: phishing, ransomwares, DDoS e botnet. O phishing é caracterizado por mensagens, como spams, prometendo grandes vantagens em troca de informações pessoais. Um exemplo comum são os e-mails de promoções imperdíveis que pedem os dados do cartão para finalizar a compra. Uma vez com os dados na mão, os criminosos os usam para tirar vantagem.
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Os ransowares, por sua vez, são ataques que “sequestram” dados das empresas e das pessoas, cobrando um valor alto para que sejam devolvidos. O ataque DDoS acontece quando o invasor sobrecarrega os servidores de um site ou sistema, a fim de fazê-lo parar completamente. Geralmente, para esse tipo de ataque, são usados redes e dispositivos sequestrados que passam sob o comando dos criminosos. Esse sequestro é chamado de ataque botnet.
Hugo Bernardino, executivo de Vendas para Serviços de Cibersegurança na Rockwell Automation, exemplificou para A Voz da Indústria o perigo real destes golpes: “Nove a cada dez vezes, esses ataques vêm pela rede de TI. Alguém clica em um e-mail, sem um network segmentado, e você não consegue impedir que o ataque chegue ao chão de fábrica. Você já está em apuros. Obviamente, a produção da fábrica é interrompida até que você pague o resgate ou traga alguém para tentar recuperar”.
Por mais que os ataques venham online, eles podem tomar proporções gigantescas causando acidentes e pausas nas fábricas.
Para se proteger, uma estratégia de senhas dentro de todos os níveis da indústria é importante, assim como a gestão de acessos, a criação de uma área de segurança, contratação de camadas reforçadas de proteção e treinamento da equipe para não cair em golpes.
*Imagem de capa: Depositphotos.com
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