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Como ser mais eficiente e reduzir custos na Indústria 4.0

Pesquisa mostra que 35% das empresas que já adotaram o modelo da Indústria 4.0 deverão reduzir custos e ter ganhos acima de 20% até 2021

Por: UOL DIVEO      05/11/2018

Nem sempre é fácil atender à pressão pela redução de custos na indústria, ao mesmo tempo em que se busca mais eficiência na produção. Ocorre que estamos entrando na indústria 4.0, que é mais autônoma e comunicativa entre si, tanto para pessoas, como para objetos, máquinas e processos.

Embora existam tecnologias e inovações que possibilitam o avanço das indústrias, muitos processos e atividades mantidos até hoje tornam a linha de produção mais custosa. A boa notícia é que, com informação, tecnologia e uma gestão de custos mais adequada, é possível fazer o controle de produção e evitar desperdícios.

O panorama da indústria e a tecnologia como aliada

De acordo com uma pesquisa global da PricewaterhouseCoopers (PWC), 86% das indústrias esperam reduzir custos e aumentar receitas até 2021. Daquelas empresas que já adotam o modelo de indústria 4.0, um total de 35% esperam, nesse mesmo período, ganhos acima dos 20%.

As estimativas só devem crescer conforme o tempo, já que, hoje, novas tecnologias conseguem reduzir o Custo Total de Propriedade (TCO) de equipamentos de produção. Ainda segundo a PWC, algumas mudanças que permitem essa redução são as manutenções preditivas, que eliminam até 70% das falhas de fabricação, e as informações, que, quando baseadas em dados, aumentam a produtividade em até 30%.

Com o advento do IoT (Internet das Coisas), é possível que uma máquina torne uma linha de produção mais eficiente, analisando todo o trabalho em tempo integral e, assim, se antecipando às manutenções e diminuindo significantemente o volume de falhas.

Qual é o real consumo e gasto de determinado motor? A resposta para essa pergunta, assim como para inúmeras outras que atrapalham a redução e a gestão de custos pela falta de precisão, pode ser respondida por meio da tecnologia, como Big Data, que analisa e repassa, em tempo real, informações importantes para entender um TCO.


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Vamos supor que o motor da sua fábrica sempre para de funcionar por algum motivo. Como a tecnologia poderia ajudar? A solução pode ser a instalação de sensores de IoT nos equipamentos da linha de produção, assim todos os dados relevantes sobre cada máquina serão coletados diariamente.

Sozinhos os dados não representam muito, mas quando levados para uma plataforma de Big Data, pode ser feita uma análise utilizando a Inteligência Artificial. A partir desse processamento, é possível entender melhor qual o problema e o que pode ser feito para que o erro não se repita. Se um determinado equipamento pode falhar, é possível programar decisões automatizadas na linha de produção também por meio da tecnologia.

Assim como é possível configurar a máquina para entender exatamente o que seria um produto fabricado em excelente qualidade. Em uma fábrica de sapatos, por exemplo, isso significa que se o corte começar a ficar ruim, a máquina consegue detectar a diferença antes mesmo de um profissional. Ela também pode emitir um alarme sonoro, um aviso ao responsável do setor, ou então, de forma autônoma, consertar a produção que ficou inadequada.

Esse processo de uma indústria mais tecnológica ajuda a evitar o desperdício e otimiza a linha de produção.

Lean e Just in Time: como os conceitos ajudam a indústria?

É fundamental entender as decisões de compra e os custos que envolvem o desenvolvimento de produtos, tanto para melhorar a eficiência, quanto para conseguir a desejada redução de custos na indústria.

Uma forma mais inteligente de trabalhar para otimizar os processos e reduzir desperdícios é a fabricação sob demanda, que reúne os princípios do Lean, onde a manufatura é mais enxuta, e o Just in time. Vamos explicar melhor:

Atuar diante da filosofia Lean – desenvolvida pela Toyota – significa focar na redução de desperdícios, seja de tempo, produção, defeitos e qualquer outro processo que envolva a indústria.

Precisa de produção, de uma peça? Produza, solicite. Não precisa? Então não crie estoques. A ideia é que, ao usar apenas os recursos necessários, eliminam-se os desperdícios, consequentemente, melhorando a qualidade, o tempo e o custo de produção.

O Just in time é mais um complemento para essa estratégia, já que determina que nada deve ser comprado ou produzido antes da hora. A matéria-prima chega ao local somente quando é necessária.

Trabalhados juntos, com suporte de automação e tecnologias, ambos conseguem trazer redução de estoques para as indústrias e custos desnecessários, consolidando fornecedores sob demanda, aumentando a eficiência e melhorando os prazos. O potencial humano, por sua vez, passa a ser explorado de forma mais proveitosa.

Cortar custos, mas não a qualquer custo

As análises sobre Indústria 4.0 mostram que cortar custos de qualquer jeito, ou seja, sem uma análise detalhada e um planejamento estruturado, pode prejudicar a empresa, em vez de ajudar.

Não adianta tentar reduzir o custo de fabricação de um produto – de acordo com peças individuais, matérias-primas e fornecedores –, procurando soluções de curto prazo por meio da negociação de preços, sem pensar nos processos que podem tornar a produção melhor e mais barata.

Cortar custos é importante, só que mais importante ainda é pensar a longo prazo, em esforços que agreguem valor ao produto e não somente em questões de momento, que precisam ser constantemente renegociadas e que podem desperdiçar o tempo das empresas. O ideal é observar o produto, analisar dados, funções, históricos, para então pensar em maneiras de executar o trabalho com mais eficiência.

Seguir as tendências do Lean, do Just in time e da indústria 4.0 talvez seja o segredo para garantir a gestão de custos, o controle de produção e a redução de custos de maneira muito mais eficaz na indústria.

Dados baseados em inteligência artificial, dando vida ao Big Data na empresa e aos processos de automação industrial, assim como sistemas colaborativos e a computação em nuvem, também podem fazer toda a diferença na tomada de decisões.

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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