Tecnologia criada por CEO da Cogtive recebe investimento de R$ 10 mi

Saiba mais sobre Reginaldo Rodrigues Júnior, CEO da Cogtive

Engenheiro Mecânico e de Controle e Automação, Reginaldo Rodrigues Júnior possui mais de 15 anos de experiência no setor industrial. Desde 2017, como CEO da Cogtive, startup da qual é fundador, o empreendedor liderou o desenvolvimento de soluções tecnológicas para a digitalização e otimização dos processos produtivos no chão de fábrica, atendendo corporações da indústria farmacêutica, veterinária, química e de cosméticos.

O êxito do negócio chamou a atenção do mercado, e a Cogtive começou 2024 recebendo um aporte de R$ 10 milhões da Indicator Capital. Trata-se de um investimento na modalidade Fundo Indicator 2, direcionado a soluções em Internet das Coisas (IoT). Os recursos, adianta Reginaldo Ribeiro, serão aplicados no aprimoramento do produto da Cogtive, e também na expansão comercial da startup.

Reginaldo Rodrigues Júnior, CEO da Cogtive. Imagem: Cogtive/ Divulgação

Automação de processos

Ser a “solução número 1” para a indústria de manufatura em busca de automação da gestão de seus processos fabris é o objetivo, sublinha o CEO. "Queremos focar no posicionamento de excelência e melhoria contínua do chão de fábrica, com otimização e disponibilidade de recursos dos processos produtivos". 

Lidar com empreitadas não é novidade na carreira do engenheiro, que há mais de uma década e meia atua em projetos voltados à indústria, com foco em engenharia, processos, qualidade e tecnologia. A bagagem adquirida antes de fundar a Cogtive -  sobretudo a experiência adquirida com os desafios no chão de fábrica - foi determinante para o sucesso da startup.


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“Ingressei como estagiário na Hypermarcas, por sinal, uma de nossas clientes na Cogtive, hoje. Lá, fui efetivado como assistente, depois analista e, por fim, engenheiro. Tive outras duas experiências importantes na sequência, na Gemü e na HJ Heinz. Essa prática foi fundamental para eu entender gargalos e desafios, e como desenvolver soluções para saná-los”, conta.

A opção foi enveredar pelo caminho das tecnologias da informação. Foi, então, que concebeu a startup cujo software combina tecnologias disruptivas, como inteligência artificial e IoT, para encontrar oportunidades no chão de fábrica e melhorar a performance nos processos. Isso significa dizer identificar capacidades ocultas no chão de fábrica, com a otimização dos recursos produtivos e da disponibilidade dos equipamentos", acrescenta o CEO.

Primeiros clientes

Os primeiros clientes chegaram ainda em 2017, e a satisfação foi imediata, por conseguirem reduzir paradas, enxergarem gargalos e pela visão global e em tempo real da linha de produção, ocasionando aumento de produtividade. Não tardou para que o portfólio crescesse e para que a Cogtive se expandisse. “Temos dobrado o faturamento ano a ano”. Os ingressos são revertidos em novos produtos e no aprimoramento das funcionalidades.

Reginaldo Rodrigues faz questão de repartir os créditos do êxito da Cogtive com pessoas que foram decisivas nessa trajetória. Se a concepção da startup foi sua, alguns parceiros foram fundamentais para que a ideia fosse colocada em prática. Entre eles, Ricardo Borgatti e Cândido Ouro Preto.

“A Cogtive nasceu inicialmente da minha relação com o Cândido. Eu comecei a trabalhar com 17 anos, ainda cursando Engenharia Mecânica, e trabalhava na área de Projetos como estagiário; e o Cândido era gerente da área toda de Engenharia na época. Fomos nos aproximando, e a nossa relação foi se estreitando. Anos depois, ambos em outras empresas, sempre trocávamos ideias de como o mercado era carente em uma solução como a que a gente tem hoje, sempre com a intenção de desenvolver um software que poderia ajudar as lideranças industriais”, relembra Reginaldo.

Quando Cândido Ouro Preto resolveu empreender e criar uma consultoria de engenharia, surgiu a oportunidade de parceria com Reginaldo para levantar capital e investir no software que tanto planejavam. Enquanto os objetivos e o produto eram afinados, eles encontraram Ricardo Borgatti, profissional com conhecimento em gestão fabril e que também sentia na pele as dificuldades de não se ter um software com aquela finalidade.

Sete anos

Em 2024, a Cogtive completa sete anos, rememorando conquistas, mas, principalmente, mirando o que vem pela frente. “Crescemos no mercado brasileiro, ampliamos para outros segmentos, além do inicial, que era o farmacêutico, e conquistamos clientes fora do Brasil também. Hoje, estamos dedicados a continuar crescendo nosso posicionamento no país e ampliar nosso posicionamento internacional”, antecipa o empresário.

Dessa forma, avalia ele, a Cogtive “definitivamente será uma empresa global, com clientes de diversos países e uma capacidade de impacto realmente em nível internacional”. O aporte recém conquistado, da Indicator Capital, será decisivo para esse novo passo. “Vamos agregar ainda mais valor, atender cada vez mais as necessidades dos líderes industriais. Queremo ampliar ainda mais nossas fronteiras no exterior, principalmente no mercado latino-americano”, afirma.

De acordo com o empresário, o potencial da Cogtive foi fundamental para que a Indicator Capital se decidisse pelo investimento. “Tivemos do cofundador da Indicator Capital, Thomas Bittar, esse retorno, de que nós estamos perfeitamente encaixados na tese de indústria 4.0 do fundo, e de Internet das Coisas”, pontua Reginaldo Ribeiro.