EDP vai aumentar presença no mercado de energia solar com aporte de R$ 6 bilhões

Embora a EDP tenha 85% de sua área de geração vindo da matriz hídrica, a companhia quer reduzir esse percentual pela metade. De acordo com a publicação da Exame, o objetivo é que os outros 50% venham da energia gerada a partir da luz do sol. 

A meta, por enquanto, é ter 1 GW de capacidade instalada de solar até 2025. Em entrevista concedida ao EXAME IN, João Marques da Cruz, CEO da EDP, elenca duas verticais com as quais a empresa pretende trabalhar: a primeira é o modelo de geração distribuída dedicada, em que uma pequena usina é criada sob demanda para atender um único cliente. Este já tem clientes relevantes dentro da companhia, dentro dos segmentos de telecomunicações e do setor financeiro, por exemplo.

O outro modelo é chamado pela companhia de usinas remotas compartilhadas. Dedicado a pequenos comércios (por exemplo: farmácias, restaurantes, lojas de rua). 

Em 2022, um primeiro passo importante para o setor foi dado, com o Marco Legal da Geração Distribuída, um ponto que trouxe mais segurança jurídica e regulatória para o mercado, que até então contava apenas com normas da Aneel. O texto prevê que consumidores que instalarem até dia 7 de janeiro de 2023 um sistema de painéis fotovoltaicos conectados à rede estarão isentos do pagamento de custos de transmissão até 2045.

Quem aderir a partir dessa data e até 7 de julho do ano que vem, vai haver um “desconto” de 4,1% na energia produzida para custear a infraestrutura, um percentual que sobe anualmente até chegar a 27% em 2030. E é por isso que a EDP está acelerando os investimentos em solar desde já. 

Presença mais sustentável 

“Entendemos que o segmento de PMEs é o que vai crescer mais. Quando chegar a pessoa física, queremos ter produtos de energia solar para eles, para decidirem se vão querer ter um produto solar compartilhado, comprar energia no mercado livre… Há todas essas opções. Queremos estar ativos em todas elas”, diz o CEO.


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A empresa está buscando terrenos no Nordeste e no Sudeste para investir em geração distribuída. A procura começa pelas regiões em que a empresa já tem presença: São Paulo e Espírito Santo.