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Maioria dos executivos considera que a automação pode ser aplicada a qualquer decisão de negócios, diz Gartner

Um terço das organizações está implementando a Inteligência Artificial em suas unidades de negócio e, em média, 54% dos projetos passam da fase piloto e se tornam efetivos.

Por: Imprensa Gartner      30/08/2022 

Recente pesquisa do Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, indica que 80% dos executivos acreditam que a automação pode ser aplicada a qualquer decisão. A pesquisa destaca que, à medida que as inovações se incorporam aos negócios digitais, as organizações estão também evoluindo o uso de Inteligência Artificial (IA) como parte de suas estratégias de atuação. 

“A pesquisa revelou que as organizações estão deixando de lado uma abordagem puramente tática da Inteligência Artificial e começando a aplicá-la de forma mais estratégica”, afirma Erick Brethenoux, Analista e Vice-Presidente do Gartner. “Um terço das organizações aplicam Inteligência Artificial em várias unidades de negócios, criando um diferencial competitivo mais forte ao apoiar decisões em todos os processos”. 

A pesquisa foi realizada de forma on-line com 699 executivos de empresas dos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido que implantaram Inteligência Artificial ou pretendem implantar recursos com essa tecnologia nos próximos três anos. 

As empresas ainda estão sendo desafiadas a passar as ações de Inteligência Artificial dos projetos piloto para a operação – A pesquisa do Gartner revelou que, em média, 54% dos projetos de Inteligência Artificial passam do piloto à produção. Este é um pequeno aumento em relação aos resultados obtidos em 2020, quando os números indicaram a média de 53% dos projetos de Inteligência Artificial chegando efetivamente à produção. 

“A escalabilidade da Inteligência Artificial continua a ser um desafio significativo”, diz Frances Karamouzis, Analista e Vice-Presidente do Gartner. “As empresas ainda lutam para conectar os algoritmos que estão desenvolvendo a uma proposta de valor de negócios, o que dificulta para a área de TI e a liderança tecnológica justificar o investimento necessário para operacionalizar os modelos.” Segundo ele, 40% das organizações pesquisadas indicaram que têm milhares de modelos de Inteligência Artificial implantados. Isso cria complexidade de governança, desafiando ainda mais a capacidade dos líderes de dados e análises de demonstrar o retorno do investimento de cada modelo.  

Desafios para adoção de IA

A pesquisa também abordou a questão da escassez de talentos e, embora a escassez de talentos geralmente impacte as iniciativas de IA, a pesquisa descobriu que essa não é uma barreira significativa para a sua adoção. Setenta e dois por cento dos executivos relataram que têm ou podem obter as habilidades relacionadas a Inteligência Artificial de que precisam. “As organizações mais bem-sucedidas usam uma combinação de desenvolvimento interno e contratação externa para talentos de Inteligência Artificial. Isso garante que a equipe se renove continuamente aprendendo novas habilidades e técnicas e considerando as oportunidades de inovação”, fala Brethenoux. 


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As preocupações com segurança e privacidade não foram classificadas como a principal barreira para a adoção da Inteligência Artificial, citadas por apenas 3% dos executivos participantes do estudo. No entanto, 41% das organizações relataram que já passaram por algum tipo de ciberataque. Quando perguntados sobre quais partes a empresa estava mais apreensiva quando se trata de segurança de Inteligência Artificial, 50% dos entrevistados citaram preocupações com concorrentes, parceiros ou outros terceiros, e 49% estavam em alerta com hackers maliciosos. No entanto, entre as organizações que enfrentaram algum incidente, 60% relataram comprometimento de dados por uma parte interna. 

“As apreensões em relação à segurança em torno da Inteligência Artificial são, muitas vezes, preocupações equivocadas, uma vez que a maioria das violações são causadas por falhas ou erros humanos, de pessoal interno”, explica Brethenoux. “Embora a detecção e a prevenção de ataques sejam importantes, os esforços devem se concentrar igualmente na minimização do risco humano”. 

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