Embraer, ITA e Fapesp investem R$ 48 milhões em Centro de Pesquisa em Engenharia

Investimento focado em mobilidade aérea ocorrerá ao longo dos próximos 5 anos.

A Embraer, o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) anunciaram na última quarta-feira (25) a aprovação de um investimento compartilhado de R$ 48 milhões ao longo dos próximos cinco anos em um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) para a mobilidade aérea do futuro. 

Nos últimos meses, as instituições descreveram juntas o escopo das pesquisas e as principais atividades para concretização da parceria que propõe soluções tecnológicas que potencializarão a competitividade do ecossistema de inovação global.

“O ITA foi formado no modelo da hélice tripla, na interseção de academia, governo e indústria”, conta o reitor do ITA, professor Anderson Correia. “Essa iniciativa é mais um ícone desse modelo, que irá ampliar a formação de recursos humanos em áreas estratégicas, para Embraer, a FAB e o a cadeia produtiva do setor. Também vai promover uma integração internacional para atender os desafios da mobilidade aérea futura”.

A pesquisa inédita no Brasil reunirá representantes da comunidade científica e profissionais da indústria aeronáutica em atividades fundamentadas em três pilares: aviação de baixo carbono, sistemas autônomos e manufatura avançada. A iniciativa cria um ambiente favorável para a disseminação do conhecimento, formação de recursos humanos altamente qualificados e a produção de publicações científicas de alto impacto.

“Tenho certeza que este CPE será um excelente exemplo de cooperação entre empresa, governo e academia com o propósito de contribuir para a definição da aviação zero carbono do futuro, gerando valor para a sociedade como um todo”, disse Luís Carlos Affonso, Vice-Presidente de Engenharia, Desenvolvimento Tecnológico e Estratégia Corporativa da Embraer.


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Para Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, a parceria "oferecerá respostas para um dos grandes desafios a serem enfrentados pela pesquisa nos próximos anos: a transição para uma economia de baixo carbono associada à manufatura avançada”, diz.

Parceria como a do CPE orienta e viabiliza as condições de transferência de tecnologia entre os atores industriais, públicos e do terceiro setor, fortalecendo vínculos e inovações por meio de modelos de parceria e gestão da propriedade intelectual, geração de novos negócios, incubação e estímulo à atividade empreendedora para aplicação dos resultados da pesquisa.