MIT usa IA para capturar a complexidade das ondas quebrando para aprimorar projetos de estruturas offshore

As previsões de seu modelo devem ajudar os pesquisadores a melhorar as simulações do clima oceânico e aprimorar o projeto de estruturas offshore.

Recentemente, os engenheiros do MIT descobriram um novo jeito de modelar como as ondas quebram. Segundo a publicação do MIT News, os pesquisadores utilizaram aprendizado de máquina e dados de experimentos realizados em tanques com ondas para ajustar equações usadas para prever o comportamento das ondas.

Embora os engenheiros utilizem as equações para projetar plataformas e estruturas offshore, que ficam situadas em alto-mar e que podem ser fixas ou flutuantes, até então, as equações não haviam sido capazes de capturar a complexidade das ondas. Agora os cientistas conseguirão compreender como uma onda que quebra afeta a água ao seu redor e, com isso, aprimorar projetos de estruturas offshore.

O modelo conseguiu estimar a inclinação de uma onda logo antes de quebrar, e também, sua energia e frequência após a quebra. O resultado foi muito mais preciso do que as equações convencionais, no entanto, foi necessário realizar cerca de 250 experimentos. Outro dado interessante é que o novo modelo prevê a mudança na frequência, antes e depois de cada arrebentação, o que pode ser especialmente relevante na preparação para tempestades costeiras.

“Se você não modelar a quebra das ondas corretamente, isso teria tremendas implicações em como as estruturas se comportam. Com isso, você pode simular ondas para ajudar a projetar estruturas melhores, com mais eficiência e sem grandes fatores de segurança”, afirma Themis Sapsis, autor do estudo.

O modelo de ondas atualizado da equipe está na forma de um código de código aberto que outros poderiam usar, por exemplo, em simulações climáticas do potencial do oceano para absorver dióxido de carbono e outros gases atmosféricos. O código também pode ser trabalhado em testes simulados de plataformas offshore e estruturas costeiras.

“O objetivo número um deste modelo é prever o que uma onda fará”, diz Sapsis. “Se você não modelar a quebra das ondas corretamente, isso teria tremendas implicações em como as estruturas se comportam. Com isso, você pode simular ondas para ajudar a projetar estruturas melhor, com mais eficiência e sem grandes fatores de segurança.”