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Saiba como a Embraer entrou na revolução tecnológica

Novas tecnologias em manufatura ajudam a Embraer a projetar soluções inovadoras para operar com mais eficiência

Por: Embraer      19/11/2019 

Tradição não é sinônimo de estagnação. Empresas com largo histórico de excelência têm sido desafiadas pela quarta revolução industrial, a chamada Indústria 4.0, que quebra paradigmas e muda rotinas de grandes corporações a partir da introdução de novas tecnologias.

 

Criada há 50 anos, a gigante da aviação Embraer compreendeu o novo momento e não se limita a apenas utilizar ferramentas que dão mais eficiência às rotinas do dia a dia. Vai além: preocupa-se em desenvolver soluções inovadoras. Para isso, aproximou-se de startups que viabilizaram novos projetos.

Um exemplo é a cooperação com a brasileira Phygitall, especializada em internet das coisas. Firmada em 2017, durante o Programa Nacional Conexão Startup Indústria, iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, a parceria rendeu frutos. A partir dela, desenvolveu-se uma placa rastreadora que facilitará o trabalho de quem instala os trens de pouso nos aviões.

O aparelho, chamado Phyll, servirá para rastrear os carrinhos que levam os trens de pouso até a planta de São José dos Campos (SP), onde são instalados nos aviões. O Phyll tem um rastreador, um modem com módulo GPS e telemetria e um sistema híbrido que mistura Wi-Fi e LoRa (outra tecnologia de rede). É uma solução da chamada internet das coisas (IoT), que exemplifica o compromisso da Embraer com uma posição de vanguarda e inovação.

A partir da instalação do Phyll, a informação sobre onde está o carrinho chegará em tempo real e de forma personalizada para quem instala os trens de pouso. Assim, há acesso a dados como o número de série de cada um e a qual ordem de produção estão atendendo. Garante-se mais fluidez na operação, já que não se perde tempo com a incerteza sobre onde está o carrinho.


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“É uma solução muito interessante porque se trata de um produto com alto custo agregado (o dispositivo que transporta o trem de pouso custa cerca de R$ 50 mil) e que nos exige uma rastreabilidade em tempo real e, ao mesmo tempo, traz simplicidade na operação. Os processos das grandes empresas são rígidos e, na Aeronáutica, isso é ainda mais presente. Por isso, trazer as startups para o nosso ambiente nos dá muita flexibilidade”, explica João Zerbini, Gerente de Engenharia e Desenvolvimento de Produto da Embraer.

 

Robôs com assinatura digital

As aplicações de IoT na Embraer não param por aí e incluem soluções ligadas à robótica que facilitam a manutenção dos equipamentos. É o caso de robôs que trabalham na montagem das asas. Cada asa recebe mais de 100 mil furos para que as partes que a compõem sejam fixadas. A tecnologia de automação desse trabalho já acontece na Embraer desde 2009.

A Embraer, então, desenvolveu uma espécie de assinatura digital desses robôs. Sensores detectam o desempenho do equipamento e indicam, assim, quando gasta mais energia para fazer os furos, uma consequência da perda do fio. “Pelo esforço que ele realiza para fazer o furo, detectamos se os indicadores estão fora de padrão e, assim, antecipamos a parada do equipamento para manutenção”, explica Zerbini.

Do Phyll aos sensores em robôs, passando por toda a cadeia produtiva recheada de tecnologias disruptivas e inovadoras, a Embraer vem cumprindo um compromisso firmado em 2012, quando começou a construir o plano diretor de aplicação das novas tecnologias que envolvem a Indústria 4.0. Do planejamento à execução, a gigante da aviação se prepara para um futuro em que a capacidade de se reinventar é obrigatória.

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