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Como as indústrias serão impactadas pelo uso da Inteligência Artificial?

Por: Osvaldo Aoki      25/09/2019

A inteligência artificial é atualmente a tecnologia mais disruptiva de todas, uma vez que seu uso potencializa outras tecnologias e pode ser considerado um divisor de águas. O seu impacto não é sentido somente nos negócios, mas também  na sociedade como um todo, tendo atuação significativa na mudança de comportamento das novas gerações.

Analisar dados, aprender com eles e tomar decisões de forma autônoma são algumas das características desta nova tecnologia, que aliada à Internet das coisas facilita a automatização e otimização de processos.

Estima-se que em 10 anos qualquer atividade repetitiva, ou que possa ser repetida sistematicamente, será executadas por um robô por meio de inteligência artificial - daí podemos projetar o impacto que esta tecnologia terá sobre as profissões do futuro.

Inteligência artificial e Indústria 4.0

A indústria 4.0, também chamada da “Quarta Revolução Industrial”, agrega a inteligência artificial aliada a tecnologias como: Computação em Nuvem (Cloud Computer), Internet das Coisas (IOT), Big Data, Robô com capacidade cognitiva, dentre outras.

O novo conceito de indústria traz um cenário em que as fábricas serão quase que totalmente autônomas, por conta de seus equipamentos integrados a uma plataforma de inteligência artificial que permite a tomada de decisões operacionais sem a necessidade do operador humano.

Essa automatização muda o paradigma industrial, saindo de um conceito  de produção em escala e passando para um conceito de personalização. Isso porque o uso de linhas dinâmicas com robôs dotados de Inteligência Artificial permitirá que os produtos saiam já personalizados da indústria.

Novos modelos de negócio

Para além das fábricas, as indústrias alinhadas ao conceito 4.0 deverão usar a inteligência artificial para mudar também seu modelo de negócio. A indústria automobilística, por exemplo,  deve sair do negócio de venda de veículos para o de locação e/ou assinatura, uma vez que a tendência é que o consumidor não compre mais um veículo e sim alugue e/ou assine um serviço de utilização de veículo sob demanda. 

O impacto da tecnologia na forma de produção e comercialização dos produtos e serviços nos coloca hoje no início da maior curva de transformação nos negócios e na sociedade. Estamos no “olho do furacão”, como indicam alguns especialistas da área.

Essa posição faz com que seja bem difícil prever todos os impactos que a inteligência artificial e a tecnologia causarão sobre as indústrias. Mas é  previsível que a evolução traga consigo novos postos de trabalho: se os robôs serão mais utilizados para fazer ações repetitivas, precisaremos de pessoas especializadas que programem e “ensinem” as máquinas.  

Percebam que o conhecimento passa a ser um dos maiores ativos da indústria, assim como de qualquer negócio, e a habilidade de transformar este conhecimento em processos robotizados passa a ser um diferencial.

Como empresário da área de tecnologia faço diariamente o exercício de olhar o negócio dentro do prazo de 5 anos, projetando a solução que os clientes irão requerer para promoverem a transformação digital em seus respectivos negócios.

Até então sempre diziam que as empresas precisam acompanhar a evolução das tecnologias existentes, ou pelo menos, correr atrás, agora posso afirmar que isso já não é mais o suficiente: para que um negócio tenha sustentabilidade, precisa estar sempre olhando para frente, projetando soluções com um olhar de, pelo menos, 5 anos. Quem estava atento aos movimentos de mercado e evolução tecnológica há cinco anos, hoje está à frente dos concorrentes no quesito utilização da inteligência artificial e adaptação à indústria 4.0.

 
*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Osvaldo Aoki

Osvaldo Aoki é sócio proprietário da AOKI Inova Sistemas ERP, empresa de tecnologia com quase 30 anos de história em Campinas. Graduado em Ciências da Computação pela UNICAMP e Pós/MBA pela FGV. Acredita que a inovação é o caminho mais curto para o sucesso de uma pequena empresa, mas no entanto, o mais desafiador.