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IAR promove curso de pós-graduação em Engenharia Robótica

A Mecânica 2018 promoveu espaço interativo, onde visitantes puderam apreciar a aplicação de robôs inteligentes na prática. O Instituto Avançado de Robótica (IAR), responsável pela Arena, dividiu as aplicações em cinco segmentos: educacional, móvel, industrial, colaborativa e aeronáutica, conforme nos informou Rogério Vitalli, seu respectivo diretor executivo.

Por: Francisco Marcondes / CIMM      02/05/2018 

Ouça a entrevista completa dom Rogério Vitalli:

O uso de robôs inteligentes é uma das principais tecnologias aplicadas à Indústria 4.0, conceito que foi bem explorado em vários setores da MECÂNICA, mas principalmente na arena da robótica, onde os visitantes puderam interagir e absorver conceitos de modo muito didático. 

Arena da Robótica: Mecânica 2018

Rogério Vitalli informou que a ideia da arena da robótica surgiu da necessidade emergente de se tornar a indústria brasileira mais competitiva e a oportunidade de se reunir, tanto o talento de pesquisadores e especialistas da academia, quanto a expertise dos profissionais das indústrias de tecnologia de ponta, para desenvolver e apresentar soluções para os desafios impostos pela manufatura avançada, tendo por vitrine uma das mais importantes feiras industriais do país.

O executivo informou que o IAR completa, agora em 1º maio, 3 anos de vida. Com oito filiais e, nesse período, contando com a sólida parceria dos fabricantes de robôs, da Siemens e das faculdades de primeira linha no país, já formaram aproximadamente 150 robotistas peritos. Atualmente, todos estão empregados e bem remunerados. Sem exceção! Dois desses profissionais, por exemplo, trabalham na TESLA (EUA), no estado da Califórnia.

De acordo com Vitalli, o IAR tem, basicamente 3 fontes de receita: Treinamentos, Serviços (prestados em parceria com as universidades) e a maior delas, as Consultorias. Todos os professores do IAR são professores consultores. Atualmente o IAR tem 10 funcionários, porém Vitalli fala da necessidade de se contratar mais 20, os quais darão suporte a mais duas unidades móveis (caminhões escola) que precisam ser construídas.


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A grande demanda por robôs ainda é proveniente da indústria automotiva, porém, é crescente a introdução de soluções robóticas nas indústrias integradoras e sistemistas. Mais recentemente, nota-se um crescimento na demanda por robôs colaborativos na área de serviços, no segmento conhecido como GI - General Industries. 

Embora muitos industriais vejam o robô como um investimento de elevado custo, esse custo vem sendo barateado a uma velocidade de 10% ao ano. O que, na opinião do executivo, com o tempo tornar-se –á acessível ao pequeno e médio empresário e, nesse momento, com certeza faltará mão-de-obra qualificada.

Para a formação de um robotista, o IAR oferece cursos modulares de 40 horas, divididos em 5 níveis de conhecimento, de básico a perito. Assim, em 200 horas de treinamento (5 x 40hs), é possível qualificar um profissional para que saiba programar um robô. Praticamente, não há pré-requisitos para se ingressar no módulo 1 do curso. Contudo, a partir desse ponto, cada módulo é pré-requisito para o módulo seguinte. Obviamente, aqueles que possuírem formação técnica, em mecatrônica, por exemplo, se sentirão mais à vontade. Maiores informações podem ser obtidas pelo site: https://iar.eng.br/. 

Atualmente, o custo de cada um desses módulos é de R$ 2.000,00, valor que pode ser parcelado, sendo que para os próximos dois meses, as vagas já estão todas preenchidas. Vitalli recomenda que não se faça todos os módulos de uma só vez. É preferível que haja um período de prática intercalando cada módulo, para que o conhecimento vá sendo absorvido paulatinamente.

Para que o Brasil viva a realidade da indústria 4.0, é preciso haver antes uma revolução cultural. A maioria dos dirigentes industriais ainda vê o investimento em treinamento da mão de obra como gasto e não como uma necessidade estratégica. Grande parte do nosso mercado industrial, não chegou sequer nos patamares da indústria 3.0 e sem consolidar uma etapa é muito difícil obter êxito na outra.

As experiências de ensino do IAR, mostraram que o melhor processista na área de solda, pintura, usinagem, etc. não necessariamente será o melhor robotista. Reforçou que o contrário também não é verdadeiro, ou seja, alguém que nunca teve contato com processos fabris, também não será um ótimo programador de robôs. Com o tempo, descobriram que um meio termo, entre essas duas possibilidades se mostrou mais produtivo. Por esse motivo desenvolveram metodologia própria para a qualificação dos futuros robotistas.

Vitalli informou que o IAR, aliado à Siemens e demais parceiros, construíram o primeiro curso de Pós -Graduação Lato Sensu de Engenharia Robótica junto a Faculdade Impacta. Uma pós de 400 horas, para preparar o engenheiro de robótica, que desenvolverá expertises em automação, solda, pintura e demais competências que a indústria 4.0 precisa. O curso já conta com o reconhecimento do MEC – Ministério da Educação e Cultura e tem registro no Conselho Regional de Engenharia e possuem a patente dessa pós-graduação no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.

Ao que tudo indica, a indústria 4.0 veio para ficar e haverá carência de mão-de-obra especializada. Quem estiver qualificado para pegar essa onda, com certeza surfará nãos ondas do êxito profissional e será contratado a peso de ouro.

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