Indústria naval puxa superávit

Fonte: Canal de Notícias - 18/04/2007

O desempenho da indústria naval afetou de modo positivo o saldo da balança comercial do Estado fluminense em março deste ano, segundo levantamento da Câmara de Comércio e Indústria do Estado do Rio de Janeiro (Caerj), a partir de dados tabulados pelo Departamento de Comércio Exterior. As exportações menos importações no primeiro trimestre assinalou superávit de US$ 977,1 milhões, ante US$ 660,6 milhões registrados em igual período do ano passado, aumento de 50,9%.

No segmento naval, a pauta exportadora concentrou-se em cinco empresas que movimentaram US$ 285,4 milhões nos três primeiros meses. O gerente de pesquisas econômicas da Caerj, Mario Augusto Scangarelli, explicou que o desempenho do setor naval foi impulsionado pelas atividades de extração mineral e elevados investimentos estrangeiros.

"Hoje, o Rio de Janeiro realiza a manutenção e construção de diversos estaleiros e navios de grande e pequeno porte. Considerando que boa parte destes serviços é prestada às empresas nacionais, já existe demanda estrangeira por esta assessoria. O importante é que um novo setor destaca-se na pauta exportadora e mais empregos são gerados, principalmente nos municípios com pequenos prestadores de serviços", disse.

Os produtos mais requisitados no mercado internacional são óleos brutos derivados de petróleo, máquinas e aparelhos mecânicos, bens primários como ferro e aço, óleos combustíveis, lubrificantes, ligas de alumínio, laminados e semi-manufaturados, polietilenos, automóveis com motor diesel, motores e jóias. A participação do estado do Rio de Janeiro no volume de exportações brasileiras no primeiro trimestre é de 8,95%, o que assegura a terceira colocação no ranking dos estados com maior volume embarcado ao mercado internacional.

Destino. O mercado norte-americano continua sendo o principal destino das exportações fluminenses, com 24,01% de participação, seguidos da Chile (11,17%), Cingapura (10,13%), Portugal (6,65%), Holanda (5,28%), Argentina (4,16%), França (4,15%), Trinidad e Tobago (3,41%) e China (3,34%). As principais empresas exportadoras são Petrobras, CSN, Estaleiro Mauá Jurong, Shell Brasil, Volkswagen, Riopol e Peugeot-Citroën.

As importações fluminenses, em março de 2007, também acompanharam curva de crescimento das exportações. Em igual base comparativa, o volume FOB aumentou em 3,18%, o que resultou no valor de US$ 650 milhões. Os óleos brutos de petróleo figuram na liderança dos produtos mais importados pelo Rio de Janeiro, seguidos de turborreatores, hulhas não-aglomeradas para a produção siderúrgica, motores para veículos, locomotivas, componentes de aviões e helicópteros, óleos lubrificantes sem aditivos, trigo, medicamentos e urânio enriquecido.

Os artigos de origem norte-americana predominaram no mercado, seguidos dos oriundos da Arábia Saudita, Argentina, França, China, Iraque, Alemanha, Reino Unido, Espanha e Coréia do Sul. As principais empresas importadoras são Petrobras, GE, CSN, Peugeot-Citroën, Ministério da Aeronáutica, secretaria estadual de Transportes, Aventis Brasil e Fundação Oswaldo Cruz.

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