Realidade aumentada e os novos caminhos do setor do entretenimento

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Na medida que fabricantes de hardware lançam dispositivos de realidade aumentada (RA) para aprimorar novas experiências cotidianas, jogos e aplicativos para fins de entretenimento têm ocupado cada vez mais espaço nas lojas virtuais de apps em todo o mundo.

Diferentemente da realidade virtual, que insere um indivíduo em um mundo completamente gráfico, a realidade aumentada mescla computação gráfica com o mundo real. Os monitores e os óculos “inteligentes” baseados em projetor são duas das principais tecnologias que permitem experiências de realidade aumentada na indústria de entretenimento atualmente — o principal conceito é elevar o conhecimento imediato de um lugar ou situação ao redor das pessoas.

Alguns setores do entretenimento beneficiados com a realidade aumentada

Não há limite específico para que a realidade aumentada aprimore as formas de entretenimento existentes. Com a evolução dessa tecnologia, aplicativos, videogames da próxima geração, filmes, produções de TV, entre outros, ficarão mais imersivos.

Vale destacar que filmes, séries e programas estrangeiros poderão receber legendas em tempo real, sem a necessidade de encontrar versões legendadas em outros lugares. Dessa maneira, produções estrangeiras poderão alcançar mais público em outros países.

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Outro detalhe interessante é que fabricantes de hardware e empresas de tecnologia, como a japonesa Sony, estão desenvolvendo headsets independentes focados em realidade aumentada ou realidade virtual.

Já a leitura está sendo beneficiada com a evolução da tecnologia de realidade aumentada por conteúdo multimídia integrado, como na página de um livro ou em uma revista, por exemplo, utilizando óculos de leitura de realidade aumentada.

Crescimento da realidade aumentada baseada em localização atual

De acordo com um novo relatório da Greenlight Insights, o mercado de entretenimento em realidade aumentada baseado em localização atual, como museus, jogos, parques de diversões, entre outros, está crescendo a uma taxa de crescimento anual de 24,4%.

Segundo Alexis Macklin, analista-chefe do relatório Greenlight, os locais de entretenimento premium estão se voltando com maior frequência para a realidade aumentada móvel como um complemento para suas experiências fora de casa, principalmente no setor de diversão e lazer.

Além disso, é estimado que o mercado de realidade aumentada de entretenimento baseado em localização será uma indústria de US$ 950 milhões até o final de 2023.

Jogos na nuvem: realidade aumentada deverá ser potencializada com a chegada do 5G

Com a chegada do 5G, as redes móveis irão aumentar ainda mais o potencial da realidade aumentada e assim fortalecerão a sua presença no entretenimento — além de promover novos caminhos na indústria para os próximos anos.

Até 50 vezes mais veloz que o 4G, o potencial de velocidades para baixar informações do 5G é de até 100 1 Gbit /s. Isso significa que o 5G terá velocidade suficiente para transmitir dados de realidade virtual na nuvem, algo que poderá impactar muitas mudanças no setor de videogames.

Ou seja, em muitos casos não será necessário o usuário estar conectado a computadores de enorme capacidade gráfica e de processamento para jogar games pesados.

Segundo o especialista em tecnologia Bernard Marr, em texto publicado na Forbes, os dispositivos de visualização farão o upload dos dados de rastreamento nos datacenters, onde o processamento pesado será realizado. Dessa maneira, devido à velocidade do 5G, as imagens renderizadas podem ser entregues de volta ao jogador em tempo real.

A Nvidia, líder mundial em vendas placas de vídeo (GPU), já considera a possibilidade de reduzir as vendas de GPU no futuro para dedicar-se a um novo modo de negócios de jogos na nuvem.

“Em um futuro próximo podemos reduzir as vendas de GPU para o consumidor final e ver um novo universo de negócios nas empresas que desejam disponibilizar o serviço de game pela Nuvem. Até mesmo nós precisaremos nos reinventar”, disse Richard Cameron, Country Manager da Nvidia, em entrevista para o portal Canaltech.

Portanto, é possível cogitar que os jogos de videogame nos moldes atuais poderão passar por mudanças para se adaptarem à tecnologia de Cloud (Nuvem), com a indústria se moldando a um novo modelo de negócios que se encaixe nesse eventual cenário — que não está muito longe de ser uma realidade no mundo dos games.