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Como o ecossistema de automação robótica pode ser um caminho para a geração de empregos?

Por: Denis Pineda      20/04/2020

Você já pensou em ter um robô trabalhando ao lado de um ser-humano na linha de produção? Pois eu te digo que essa ideia apenas parece estranha. Quando olho hoje para o mercado, já é possível enxergar cada vez mais a presença da automação robótica dentro das indústrias, inclusive no Brasil, e a tendência é que isso só aumente.

Segundo um relatório realizado pela Euromonitor, empresa de inteligência de mercado, indicou que a automação e robótica estavam na segunda posição entre as tecnologias que terão impacto nas organizações nos próximos cinco anos e a explicação é simples, seus benefícios. A redução do tempo de produção de um produto, a diminuição das chances de defeito e de tempo de inatividade dentro das fábricas estão entre eles.

Algumas pessoas, entretanto, observam essa tendência e se perguntam: Isso significa que as indústrias vão substituir pessoas por robôs? E a resposta é não! E nem devem. Acredito que o segredo para o futuro não está na substituição de pessoas por máquinas, mas sim na colaboração entre esses dois players, o que só é possível graças aos "cobots", ou robôs colaborativos. Ou seja, ferramentas projetadas para atuarem em conjunto com seres humanos e que podem ser manuseadas por eles sem qualquer tipo de perigo.

Para se ter uma ideia, um report da International Federation of Robotics (IFR) avaliou a presença desses equipamentos nos ambientes de trabalho do futuro. A maioria das pesquisas avaliadas por eles indicou que a substituição de vagas por automação não chegará a 10% dos casos. E não, a linha de produção não será totalmente automatizada. Ainda teremos robôs e trabalhadores coexistindo no chão de fábrica, mas a questão vai além disso!

O que deve ocorrer é uma importante transformação de tarefas: serão necessários trabalhadores mais qualificados e mais bem pagos, assumindo funções específicas - algumas já conhecemos, como desenvolvedores, analistas e mineradores de dados, designers de robôs, além de especialistas em comunicação digital - e outras surgirão no futuro!


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Em suma, o que o mercado nos mostra é que a Sociedade 5.0, em que máquinas e seres-humanos coexistem, já está batendo a nossa porta, mas precisamos nos preparar para recebê-la, seja qualificando os profissionais que virão ou preparando a nossa empresa para a automatização. O futuro já está aí, não o deixe passar!

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Denis Pineda

Denis Pineda

Gerente regional da Universal Robots na América Latina, empresa dinamarquesa líder na produção de braços robóticos industriais colaborativos