Autopeças faturam 13,7% a mais no acumulado até maio

Demanda continua aquecida por causa das montadoras; exportações perdem participação

Os fabricantes de autopeças instalados no Brasil faturaram 13,7% a mais de janeiro a maio deste ano que no mesmo período do ano passado. As vendas para as montadoras continuam impulsionando o setor. Registraram alta de 15,8% e responderam por quase 65% dos ganhos do segmento. Os números foram divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

As exportações aumentaram 5,3% na análise em reais, mas em dólares anotaram queda de 8,4%. As vendas externas têm sido prejudicadas pela recessão na Argentina, principal parceiro comercial. Como comparação, em maio de 2018 as exportações representaram 19,1% do faturamento do setor. No mesmo mês de 2019 essa fatia caiu para 16,5%.

As vendas para o mercado de reposição continuam aquecidas e cresceram 9,7% de janeiro a maio sobre iguais meses do ano passado. O pós-venda deteve 13,5% de todo o faturamento do setor ao longo dos cinco meses.

É preciso recordar que, no acumulado até abril, a alta registrada para o faturamento total das autopeças estava abaixo de 8%. O salto para os atuais 13,7% no acumulado dos cinco meses ocorreu porque maio do ano passado teve forte impacto da greve dos caminhoneiros.

TAXA DE UTILIZAÇÃO DA INDÚSTRIA E EMPREGOS

No mês de maio as fábricas do setor de autopeças anotaram pico de utilização da capacidade instalada de 73%, o maior índice desde fevereiro de 2018. A menor taxa anotada em 2019 foi em janeiro, 67% de utilização.

O emprego nacional no setor de autopeças registra pequena queda de 1,7% no acumulado do ano, mas a análise nos últimos 12 meses revela crescimento de 3,6%.