Venda de máquinas de construção crescerá 10% em 2019

Recuperação da economia e demandas no agronegócio apontam para aquecimento do setor

O setor de máquinas de construção teve alta de 78% no Brasil com a venda de 12,1 mil unidades em 2018. Para 2019 a projeção é de novo crescimento no País, agora de 10%. Segundo a Volvo Construction Equipment, os números mostram a continuidade da recuperação da economia.

“Praticamente todas as linhas de máquinas apresentaram aumento de vendas no Brasil, depois de um período bastante difícil”, afirma o presidente da Volvo CE para a América Latina, Luiz Marcelo Daniel.

“Também sentimos do novo governo a disposição de mudar e implementar medidas”, diz. Em 2018 as vendas de máquinas Volvo e SDLG (marca pertencente à empresa sueca) registraram alta de 47,7%. A companhia acredita que o setor continuará em ascensão com base em relatórios econômicos, no aumento da demanda de bens industriais, na inflação contida e na perspectiva de alta de 2,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 e 2020. 

A estimativa de crescimento também decorre do aumento da demanda de máquinas de construção pelo agronegócio. As pás carregadeiras já são utilizadas há algum tempo na movimentação da palha da cana em usinas de açúcar, destilarias e plantas de cogeração de energia elétrica. “Vem crescendo também o uso para movimentação de ração e esterco. E em silos como consequência do aumento da produção brasileira de grãos”, recorda Daniel. 

Embora a companhia não revele volumes, a Volvo Construction Equipment e a chinesa SDLG cresceram juntas 47,7% em 2018 no Brasil. A marca chinesa incorporada pela Volvo respondeu por 34% das vendas locais. A Volvo CE produz equipamentos Volvo e SDLG em Pederneiras (SP).

A unidade monta caminhões articulados, pás carregadeiras, escavadeiras hidráulicas e compactadores de solo com a marca Volvo. Da SDLG produz escavadeiras hidráulicas. A maior parte dos equipamentos tem índice de nacionalização de 50% para atender ao Finame. “No caso do compactador e da escavadeira de 20 toneladas esse índice chega a 60%, afirma o presidente da Volvo CE para a América Latina. 


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Os motores, quando importados, vêm da Suécia e da Alemanha. A Cummins do Brasil fornece para as máquinas SDLG. A unidade de Pederneiras também utiliza componentes estampados em diferentes países, já que o baixo volume nacional não justifica a produção local.

A rede de distribuição local tem 50 unidades na soma de concessionárias Volvo Construction Equipment, SDLG e lojas compartilhadas.