Proposta de reforma do setor elétrico pode garantir R$ 10,5 bilhões para médias e pequenas indústrias do Brasil

Segundo a Abraceel, esse é o valor em ganho de competitividade para o setor produtivo com o adiantamento de cinco anos na liberação do grupo de alta tensão no mercado livre de energia

São Paulo, 19 de março de 2018 – A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) acaba de entregar estudo ao ministério das Minas e Energia para mostrar que as pequenas e médias indústrias e estabelecimentos comerciais do País podem garantir R$ 10,5 bilhões com a reforma do setor elétrico. Para isso, basta o Projeto de Lei do Governo Federal, a ser enviado para o Congresso Nacional, contemplar o adiantamento de permissão de entrada dos consumidores do Grupo A no Ambiente de Comercialização Livre (ACL). 

 Segundo estudo da Abraceel, o adiantamento, de 2026 para 2021, permitiria a entrada antecipada em cinco anos das 182.593 empresas que compõe o Grupo A de consumidores de alta tensão, com consequente economia de R$ 10,5 bilhões nas contas de luz nesse período, sem gerar sobrecontratação de energia nas distribuidoras, respeitando-se todos os contratos no Ambiente de Contratação Regulado (ACR).

“O Brasil precisa de medidas urgentes que aumentem a competitividade do seu setor produtivo”, afirma Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel. “A nossa proposta de adiantamento não impacta o equilíbrio do setor elétrico e, ainda, vai gerar recursos para que os pequenos e médios negócios possam investir em novos projetos e expansões, com geração de empregos e renda”, complementa. Pela proposta atual do governo, apenas 24 mil indústrias e estabelecimentos comerciais serão beneficiados até 2026.

Sobre a Abraceel
Fundada em 2000, a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia defende a portabilidade da conta de luz para todos os consumidores e conta com 92 empresas participantes. Essas empresas são responsáveis por 95% do volume de energia negociado pelas comercializadoras. O mercado livre atualmente atende cerca de 5 mil consumidores livres e especiais, que estão entre os maiores do País e são responsáveis por aproximadamente 76% do PIB industrial brasileiro.